O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), foi cobrado por parlamentares a se posicionar sobre as ameaças do presidente Jair Bolsonaro a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (STF). O chefe do Legislativo, porém, tem manifestado resistências em dar respostas públicas às declarações de Bolsonaro contra as eleições e as decisões do Judiciário, conforme o Broadcast Político apurou.
Pacheco foi informado do cancelamento da reunião entre Poderes e atribuiu a decisão a um movimento do presidente do STF, Luiz Fux, que havia proposto o encontro, sem participação da cúpula do Congresso. “A cúpula do Poder Judiciário (STF e TSE) reagiu, como deveria, aos ataques de Bolsonaro às eleições, à democracia e à independência dos Poderes. Falta a cúpula do Congresso Nacional fazer o mesmo. Até quando se omitirá?”, questionou o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ).
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também expôs a cobrança. “Lidar com um presidente da República que usa a mentira como método é um desafio para as instituições. A Justiça dá passos firmes no sentido correto, de não aceitar ataques reiterados à democracia. Cabe ao Legislativo seguir o exemplo e defender os verdadeiros interesses da nação.” (Por Daniel Weterman/Estadão Conteúdo)