Apesar de alguns produtos alimentícios terem reduzido de preço nos últimos meses, alguns ainda resistem e ajudam a pesar o bolso do brasileiro. É o caso do ovo de galinha que acumulou inflação de 22,93% no país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e registra a maior alta de preços do ovo em uma década, desde julho de 2013. Goiânia, inclusive, é a 3ª capital com maior aumento.
Das capitais, o aumento no preço do ovo de galinha foi maior em Belo Horizonte (31,92%) e Aracaju (30,36%). Goiânia, como informado acima, ficou em terceiro com um aumento de 28,94%. De acordo com uma reportagem da Folha de S.Paulo, que entrevistou o economista Lucas Dezordi, professor da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), também avalia que a carestia do ovo está relacionada com questões como a oferta menor e o aumento dos custos de produção após a pandemia e até com a Guerra da Ucrânia.
O profissional afirmou, porém, que a expectativa é de que os preços deste e de outros produtos devem ter “acomodação” ou até queda nos próximos meses. O motivo seria o recuo recente das cotações de insumos usados na produção de ovos, incluindo o milho, base da alimentação das galinhas.
É o que já acontece com produtos e alimentos pesquisados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme publicou a Folha, como a maior parte das carnes. Peito (-10,50%), fígado (-10,09%), paleta (-9,22%) e alcatra (-9,09%). O frango em pedaços (-3,94%) e o frango inteiro (-0,98%) também tiveram redução de preços no período.
Sobre o aumento de outros produtos, considerando os 377 subitens (bens e serviços) que compõem o IPCA, o ovo de galinha ficou atrás de tangerina (52,5%), inhame (46,95%), filhote de peixe (40,79%), farinha de mandioca (34,93%), banana-maçã (32,62%), batata-doce (29,6%), melancia (24,9%) e alimento infantil (23,27%). Na média da alimentação no domicílio, a inflação desacelerou para 2,88% nos 12 meses até junho. É a menor variação desde outubro de 2019 (2,84%).