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Política
| Em 2 anos atrás

Os pedidos dos empresários goianos a Geraldo Alckmin

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Durante o encontro que empresários e representantes do agronegócio goiano tiveram com o candidato a vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB) nesta quarta-feira (22/09), o ex-governador de São Paulo recebeu uma lista de pautas que o setor produtivo de Goiás considera essenciais.

Na pauta do setor produtivo estão nove demandas que os empresários consideram essenciais para o desenvolvimento do estado. O encontro ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e os pedidos vão desde a garantia da propriedade rural e urbana, a manutenção da reforma trabalhista e a utilização das estruturas do Sistema S para ensino e capacitação profissional.

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Em ordem: 1. Garantir o direito à propriedade rural e urbana; 2. A manutenção da Reforma Trabalhista; 3. Adotar uma política de reindustrialização do país; 4. Fazer uma Reforma Tributária ampla, reconhecendo diferenças regionais e mantendo os incentivos fiscais; 5. Manter e criar políticas que fomentem o cooperativismo; 6. A manutenção do Código Florestal; 7. Incentivar o uso de novas fontes de energia limpa e renovável; 8. Incentivar o uso de políticas de competitividade para uso dos Biocombustíveis; 9. Utilizar cada vez mais as estruturas do Sistema S para ensino e capacitação profissional.

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Entre vários nomes do setor empresarial estavam presentes, o presidente da Fieg, Sandro Mabel, da Fecomércio, Marcelo Baiocchi, da Adial, José Garrote, da OCB-GO, Luiz Alberto Pereira, Evandro Tokarski, da Artesanal e o presidente do Sind Pitdog Ademildo Godoi. O presidente da CAramuru Alimentos, Alberto Borges e a reitora da PUC Goiás, Olga Ronchi.

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Como foi o encontro de Alckmin com os empresários

A reunião fez parte da agenda que o candidato a vice-presidente, Geraldo Alckimin teve em Goiânia e aconteceu no começo da tarde. Pela manhã, o ex-tucano esteve no Centro de Convenções em encontro com a militância que apoia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Apurado pelo Diário de Goiás, o encontro com os empresários começou morno. Não é segredo que o setor produtivo goiano tem certas resistências com a chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Mas com 15 minutos de conversa, praticamente não se via mais resistências entre os presentes”, afirmou um presente.

Geraldo Alckmin relembrou os oito anos de gestão de Lula na presidência da República. Disse que quando o petista comandava o executivo brasileira implementou maior crédito agrícola e dobrou o Plano Safra para produção em um salto de R$ 20 milhões para R$ 200 milhões. Durante a gestão do petista, os juros sobre produtos como tratores e maquinários agrícolas era de 3,5% e hoje beira os 16,5%. 

O ex-governador de São Paulo defendeu uma revisão de juros e falou da importância do agronegócio para o desenvolvimento de Goiás e do Brasil. A avaliação feita por integrantes da campanha é que o encontro foi positivo. “Muitos empresários saíram com outro olhar sobre a chapa”, destacou.

Reação controversa

O clima amigável foi patrocinado graças a visita de “cortesia” entregue a Geraldo Alckmin e não significa apoio a chapa, mencionou um empresário presente no evento. Presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi inclusive, disse ao Diário de Goiás que as resistências com a chapa Lula-Alckimin permanecem. “As declarações do candidato a presidente são de ameaças ao setor produtivo”, salientou.

Baiochi, no entanto, diz que Geraldo Alckmin foi receptivo com as pautas apresentadas pelos empresários, se comprometendo a defendê-las, caso eleito. Se foi criada uma ponte com um eventual novo governo, o tempo ainda terá de responder. A avaliação é que, primeiro, deve-se esperar o resultado das eleições antes de cravar qualquer decisão.

No entanto, o presidente da Fieg, Sandro Mabel, anfitrião do evento, fez elogios a habilidade política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Primeiro, relembrou quando o petista escolheu o empresário José de Alencar como seu vice nos dois primeiros mandatos. Agora, a escolha do ex-tucano para acompanhá-lo na chapa. Isso possibilitou a construção de pontes com setores resistentes. 

“Eu diria que alguns empresários saíram de lá bem menos resistentes em relação a chapa Lula-Alckimin e até animados com o futuro, caso a chapa seja vencedora das eleições 2022”, avaliou um presente.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.