No instante seguinte à aprovação, em primeira votação, da taxa do agro, durante sessão extraordinária, na noite de quinta-feira (17/11), na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), deputados estaduais contrários a proposta começaram a pensar em estratégias para virar voto.
Como o placar, com 38 presentes, ficou em 22 a favor e 16 contra, o cálculo dos oposicionistas, a princípio, é para virar quatro anos, o que, realisticamente, desanimou alguns. Porém, considerando o melhor cenário possível para eles, pode ser necessário virar apenas dois.
Para que isso ocorra, a oposição tem garantir a presença de Lêda Borges (PSDB) e Karlos Cabral (PSB), que não participaram por estarem em viagem a Brasília e Portugal, respectivamente. Além disso, será preciso convencer o presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSD), a cancelar sua ida à Argentina no dia da segunda votação, marcada para terça-feira (22/11).
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Sendo assim, eles chegariam a 18 votos. A base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) perderá um voto devido à viagem de Thiago Albernaz (MDB) aos Estados Unidos. Caso Henrique Arantes (MDB) permaneça ausente, os governistas teriam, então, 21 votos.
Assim, com 39 presentes, bastam 20 para obter maioria. Logo, a oposição, com 18, trabalharia para, de fato, virar somente dois votos, exatamente como na primeira votação, quando Alysson Lima (PSB) e Chico KGL (União Brasil) mudaram de posição na última hora. No entanto, é importante ressaltar que este é o melhor cenário possível, em que nada pode sair do roteiro, o que não é uma tarefa simples.