Partidos e organizações de esquerda reunidos na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (29) anunciaram a intenção de protocolar no próximo dia 6 um novo pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer.
Fazem parte do grupo PT, PC do B, PDT, PSOL, UNE (União Nacional dos Estudantes), CUT (Central Única dos Trabalhadores) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), entre outros.
O pedido se somará ao já apresentado isoladamente nesta segunda-feira (28) pelo PSOL.
Assim como o anterior, a tendência é a de que o novo documento também caminhe para os arquivos da Câmara. Isso porque cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidir se esses pedidos devem seguir a tramitação ou ser sumariamente rejeitados.
Maia é um dos principais aliados de Michel Temer.
“Há consenso de que há crime de responsabilidade e de que o pedido de impeachment é a peça concreta que cabe neste momento”, afirmou a líder da oposição na Câmara, Jandira Feghali (PC do B-RJ), após a reunião. Além de deputados, senadores e integrantes dos grupos, participou da reunião também o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão (gestão de Dilma Rousseff).
Assim como o do PSOL, o novo pedido de impeachment é baseado no argumento de que o presidente cometeu crime de responsabilidade no caso que resultou na saída do governo dos ministros Marcelo Calero (Cultura) e Geddel Vieira Lima (Governo).
Em entrevista coletiva no domingo (27) Temer negou ter agido em benefício de Geddel no episódio da liberação de um empreendimento imobiliário na Bahia e disse não ter cometido ilegalidades.
De acordo com Feghali, o pedido deve ser assinado pelas entidades de esquerda e apoiado pelos partidos de oposição.
Folhapress