A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deflagraram nesta quinta-feira (14), a Operação Echelon, que tem como objetivo atingir a estrutura do Primeiro Comando da Capital (PCC), controladora das ramificações interestaduais da facção criminosa. De acordo com o jornal Estadão, trata-se do setor conhecido como “Resumo dos Estados”, que é subordinado diretamente à cúpula da organização. Ao todo, os policiais estão cumprindo 59 mandados de busca e apreensão em Goiás e mais 13 estados.
75 acusados tiveram a prisão preventiva decretada, todos apontados como integrantes da facção. Em Goiás, os mandados são cumpridos em Morrinhos e Bom Jesus, na região Sul do Estado.
As investigações começaram em junho de 2017, quando o líder máximo da facção, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, estava isolado pela sexta vez no Regime Disciplinas Diferenciado (RDD), no presídio de Presidente Bernardes, na região oeste do Estado. Marcola, condenado a 332 anos de prisão por diversos crimes, por enquanto, não figura entre os acusados que tiveram a prisão decretada pela Justiça neste caso.
As investigações feitas pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior – 8 (Deinter-8), de Presidente Prudente, e pelo grupo de Atuação especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPE, apontam como a cúpula do grupo mantém contato com criminosos em outros Estados, atuando nos tráficos de armas e drogas.
Segundo as investigações, o total de integrantes do PCC fora de São Paulo cresceu 6 vezes, passando de 3 mil para mais de 20 mil em 2018. Só em São Paulo são mais de 10 mil integrantes, se fazendo presente ainda em cinco países da América do Sul – Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai e Peru.
A expansão do PCC pelo Brasil levou à reação de gangues locais, que se aliaram ao Comando Vermelho, iniciando uma guerra que atinge principalmente os Estados do Norte e do Nordeste do País. De acordo com o Gaeco, depois de São Paulo, os Estados que concentram o maior número de integrantes do PCC são Paraná (2.829), Ceará (2.582) e Minas Gerais (1.432).
Na semana passada, a facção determinou a realização de uma série de atentados contra ônibus e ataques contra postos policiais no estado de Minas.
Veja a lista dos Estados envolvidos na operação: