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Categorias: Cidades
| Em 6 anos atrás

Operação descobre esquema de fraude no IPASGO; Funcionários e médicos envolvidos

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Na data de hoje, 1º de julho de 2019, os policiais civis da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP), com apoio da Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (SCCCO), deflagraram a primeira fase da Operação “Morfina”, no IPASGO (Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Estaduais).

“Os alvos da operação são empregados da empresa GT1 Tecnologia, que presta serviços terceirizados ao IPASGO, diz a SSP-GO. Segundo as investigações, eles se valiam de suas funções no Setor de Tecnologia de Informação do instituto para praticar uma série de fraudes, que beneficiavam ilegalmente prestadores de serviços – como médicos, clínicas, laboratórios e hospitais – e causavam enorme lesão ao erário. O prejuízo ao Ipasgo pode superar a casa de milhões de reais”, informou a assessoria de imprensa da secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO).

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Segundo o órgão, “foram cumpridos 08 (oito) mandados judiciais de afastamento das funções públicas, 04 (quatro) mandados de busca e apreensão e 06 (seis) mandados de intimações simultâneas”.

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As medidas fazem parte de um inquérito policial que investiga os crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e inserção de dados falsos em sistemas de informações que levaram a desvios de recursos no IPASGO com pagamento de serviços não prestados.

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“Há casos de uma mesma pessoa que fez 2 mil hemogramas no mesmo mês”, informou uma fonte ao Diário de Goiás. Por falta de controle, outros procedimentos estariam submetidos à falsa prestação de serviço que geraram faturas “fantasmas” e que eram pagas pelo instituto. As informações que subsidiaram a abertura do inquérito foram fornecidas pela atual diretoria do IPASGO.  

Entrevista

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Está agendada para às 15h30 desta segunda, 1, uma entrevista coletiva com os delegados Rhaniel Almeida e Webert Leonardo, da Delegacia de Combate aos Crimes contra a Administração Pública (DERCAP) para detalhar as investigações.

Posicionamento do Ipasgo

Por meio de nota publicada no final desta segunda-feira, a direção atual do Ipasgo se manifestou com relação ao esquema. A gestão “vê com muita tristeza os fatos investigados” e diz que o esquema ocorre “há muitos anos” e os fatos apresentados são “estarrecedores”.

A nota ainda diz a direção tem dado apoio integral ao “trabalho da auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) e de investigação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO)”.

Confira a nota na integra:

A atual gestão do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) vê com muita tristeza os fatos investigados na Operação Morfina, deflagrada nesta segunda-feira (1/7) pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP) e Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (SCCCO). Os indícios de um esquema milionário de fraudes, em operação há muitos anos, são estarrecedores.

O Ipasgo informa que tem dado integral apoio ao excepcional trabalho de auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) e de investigação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), por meio da Polícia Civil do Estado de Goiás, e espera que todos os fatos relativos a tais denúncias sejam adequadamente apurados e os responsáveis sejam devidamente punidos.

Importa esclarecer que as investigações se referem a ações praticadas por colaboradores de empresa de tecnologia que presta serviço ao órgão desde agosto de 2011.

A nova gestão do Ipasgo defende e apoia toda medida de combate à corrupção por entender que tais irregularidades podem colocar em risco a sustentabilidade do plano e, consequentemente, o atendimento à saúde de milhares de cidadãos goianos.

Acrescente-se que em consonância com as diretrizes de austeridade, moralização e profissionalização da administração pública estabelecidas pelo atual Governo de Goiás, medidas de Compliance Público vêm sendo implementadas no Ipasgo, desde o início de 2019, como vacina contra atos de corrupção na instituição pública.

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Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: altairtavares@diariodegoias.com.br .

Tags: Ipasgo