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Mundo
| Em 1 ano atrás

OMS alerta para nova doença e diz que surto mais mortal do que Covid-19 é inevitável; entenda

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Não, o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), não é sobre uma nova doença descoberta, mas sim sobre a importância da preparação pelos países para novas emergências sanitárias. É que depois de surtos como os da Covid-19, gripe aviária, mpox, Ebola, chikungunya, Marburg, todos recentes, fica claro que o surgimento de outros vírus tão graves quantos esses é inevitável.

Por isso que, no início desta semana, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, fez o alerta sobre a importância da preparação pelos países para novas emergências sanitárias em caso de surgimento de uma nova doença viral.

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No caso da Covid-19, em que estudos ainda buscam identificar a origem da infecção pelo SARS-CoV-2 em humanos, sabe-se que o contato com animais vendidos em um mercado de Wuhan, na China, pode ter sido a causa inicial da pandemia. Mais de três anos depois, até janeiro deste ano pelo menos, mais de 6,6 milhões de pessoas perderam a vida com o vírus no mundo, só de casos oficiais, já que muitos podem não ter sido notificados.

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Reportagem da CNN que fala sobre o assunto citou uma entrevista de Nísia Trindade em 2022, atual ministra da Saúde mas que na época era presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na ocasião ele afirmou que a maior ocorrência de epidemias pode ser a marca deste início de século.

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Nísia disse: “Embora estejamos mais aptos a identificar essas emergências, não há dúvidas de que elas têm acontecido com mais frequência devido a fatores sociais, com destaque para aglomerações urbanas e aumento de desigualdades, além do intenso fluxo de pessoas e de mercadorias, característico de uma economia globalizada”.

Tedros, da OMS, por sua vez, disse nesta semana que a ameaça de surgimento de outra variante, ou uma nova doença, que cause novos surtos e mortes ainda é uma ameaça. “A ameaça de outro patógeno emergente com potencial ainda mais mortal permanece. E as pandemias estão longe de ser a única ameaça que enfrentamos. Em um mundo de crises sobrepostas e convergentes, uma arquitetura eficaz para preparação e resposta a emergências de saúde deve abordar emergências de todos os tipos”, afirmou.

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O caso recente da gripe aviária

Felizmente casos como este da gripe aviária, vírus influenza H5N1, mesmo afetando humanos, é um exemplo de microrganismo que não se adaptou à transmissão de um humano para outro. Ainda na reportagem da CNN, pesquisa da OMS mostra que entre 2003 e 2023, foram registrados mais de 800 casos e mais de 450 mortes por influenza H5N1 em mais de 20 países.

Ou seja, o vírus não infecta pessoas com facilidade e a transmissão de pessoa para pessoa parece ser incomum. Mesmo assim, a OMS reforça que pode haver mudanças no vírus, relacionadas ao aumento da capacidade de infecção em humanos “mantendo sua capacidade de causar doenças graves” pode levar a “consequências para a saúde pública muito graves”.

Esta não é a primeira vez que a OMS alerta sobre a necessidade de reforço nas políticas, ou da própria sociedade. O ser humano tem a capacidade de normalizar tudo e, mesmo aprendendo com a Covid-19, é possível que haja resistência quando surgir novos vírus, isso por que muitas pessoas desacreditam do que é informado por cientistas e, principalmente pela mídia.

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Carlos Nathan Sampaio

Jornalista formado pela Universidade Federal e Mato Grosso (UFMT) em 2013, especialista Estratégias de Mídias Digitais pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação de Goiânia - IPOG, pós-graduado em Comunicação Empresarial pelo Senac e especialista em SEO.