A empreiteira brasileira Odebrecht doou US$ 3 milhões à campanha eleitoral do ex-presidente peruano Ollanta Humala (2011-2016), afirmou o jornal “El Comercio”.
Em reportagem publicada nesta quinta-feira (23), o jornal afirma que, segundo esclarecimentos prestados ao Ministério Público peruano em janeiro por Jorge Barata, ex-representante da empreiteira no Peru, a doação foi um pedido do PT ao herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht.
Humala e sua mulher, Nadine Heredia, que enfrentam restrições para sair do país, são investigados por lavagem de ativos por financiarem sua campanha eleitoral com dinheiro procedente da Venezuela e do Brasil.
Barata, de acordo com o “El Comercio”, foi contatado em 2010 pelo marqueteiro brasileiro Valdemir Garreta, responsável pela campanha presidencial de Humala pelo Partido Nacionalista Peruano (centro-esquerda). Eles chegaram a se encontrar em um hotel em São Paulo.
De volta ao Peru, Barata se reuniu com Humala e sua mulher, Nadine, em um apartamento do ex-presidente. Ali, acertaram os detalhes dos pagamentos. Segundo Barata, eles estavam vinculados à sigla “OH”, que aparece nas agendas de Nadine.
Barata afirmou que entregou pessoalmente remessas de US$ 300 mil à própria Nadine e que, simultaneamente, um montante similar era entregue no Brasil a Garreta e seu sócio Luis Favre, que também trabalhou na campanha de Humala. O dinheiro recebido no Brasil era levado pelos dois ao Peru.
De acordo com Barata, foram entregues US$ 3 milhões a ex-primeira-dama Nadine Heredia. Os aportes cessaram no primeiro semestre de 2011 -em junho, Humala foi eleito em segundo turno presidente do Peru.
Humala é o terceiro ex-presidente peruano a ser envolvido com a Odebrecht. Alejandro Toledo (2001-2006) é considerado foragido e é acusado de receber US$ 20 milhões em propina da empreiteira brasileira. Em janeiro, um ex-ministro do governo de Alan García (2006-2011) foi preso sob acusação de receber US$ 7 milhões da Odebrecht para ganhar um contrato de construção do metrô de Lima.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, o Grupo Odebrecht pagou US$ 1 bilhão em propinas em 12 países.
Procurada, a Odebrecht “reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça. A empresa assinou acordo com autoridades do Brasil, Estados Unidos e Suíça e já possui entendimentos avançados com alguns países da América Latina para esclarecer sua participação em atos praticados pela companhia”.
A empreiteira diz ainda que “adotará as medidas adequadas e necessárias para continuamente aprimorar seu compromisso com práticas empresariais éticas e de promoção da transparência em todas as suas ações”. (Folhapress)
Fim de sigilo da Odebrecht não deve incluir revelações de fatos do exterior
Tadeu escreveu mais um capítulo importante em sua trajetória no Goiás Esporte Clube. Principal jogador…
O Goiás Esporte Clube conseguiu um importante resultado nesta segunda-feira (12), jogando no Estádio Hailé…
O Vila Nova Futebol Clube completou cinco jogos sem uma vitória no Campeonato Brasileiro da…
Nova pesquisa mostra que petista Antônio Gomide continua à frente na disputa pela Prefeitura de…
O candidato a prefeito da cidade de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), foi notificado pela…
Uma operação especial do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), já iniciada há alguns…