A Odebrecht TransPort informou nesta quinta (13) que assinou contrato de venda para a chinesa HNA de suas ações na concessionária RioGaleão, que administra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio.
A operação é parte de um processo de reestruturação dos ativos da subsidiária da Odebrecht, que também é alvo de delações da Operação Lava Jato.
O negócio, cujo valor não foi informado, envolve 31% das ações da concessionária RioGaleão. Segundo a empresa, os recursos serão usados para fortalecer o capital da companhia.
A Odebrecht TransPort fechou 2016 com prejuízo de R$ 1,063 bilhão e dívida líquida de R$ 5,157 bilhões.
A concessão do aeroporto Tom Jobim foi adquirida em leilão realizado em 2013, no qual o consórcio liderado pela Odebrecht Transport e operadora de aeroportos Changi Airports, de Cingapura, se comprometeram a pagar R$ 19 bilhões em outorga, um ágio de 293,91% com relação ao preço mínimo.
O alto valor foi comemorado pelo governo Dilma, mas hoje é apontado como um dos fatores que levou as primeiras concessões de aeroportos a enfrentar dificuldades.
Em abril, a concessionária fechou acordo com o governo para rever o cronograma de pagamentos das parcelas da outorga, alegando dificuldades diante do cenário econômico do país.
“O interesse de um grupo empresarial desse porte ratifica o potencial do RioGaleão”, disse, em nota, a presidente da Odebrecht TransPort, Juliana Baiardi. As sócias já investiram R$ 5,2 bilhões em modernização e ampliação do aeroporto.
A operação, porém, ainda está sujeita a análise de autoridades.
Na nota, a empresa diz que continua avaliando a “sua permanência, parcial ou não” de seus ativos -a Odebrecht TransPort participa de seis concessões rodoviárias, cinco de mobilidade urbana e quatro empresas de logística. (Folhapress)