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Categorias: Brasil
| Em 8 anos atrás

Odebrecht comemora manutenção de sigilo em delações homologadas

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A Odebrecht comemorou a notícia de que a homologação das delações de seus 77 executivos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) não foi acompanhada da retirada do sigilo dos depoimentos prestados à PGR (Procuradoria-Geral da República) e à força-tarefa de Curitiba.

A medida, que garante validade jurídica ao acordo, foi assinada pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, na manhã desta segunda (30).

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Segundo a reportagem apurou, a empresa ainda se sente muito fragilizada com a divulgação de pagamentos de propina em 12 países, incluindo o Brasil, que tem atrapalhado a venda de ativos e a recuperação financeira da empreiteira.

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Os executivos da Odebrecht avaliam como positiva a homologação no sentido de que chancela o acordo e passa a mensagem de uma espécie de “página virada” para o mercado. No entanto, acreditam a divulgação dos depoimentos de seus delatores poderia manter a imagem da empresa vinculada a práticas de corrupção.

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Parte dos funcionários que fecharam delação premiada no ano passado, porém, acompanha os desdobramentos com apreensão, pois se prepara para cumprir as penas que foram estipuladas na negociação do acordo -o que, segundo a reportagem apurou, deve ocorrer em até dois meses. O ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, por exemplo, foi condenado a dez anos de prisão, dois e meio deles em regime fechado.

O cumprimento dessas penas terá que passar pelo crivo dos juízes de execução, que serão determinados pelo STF.

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Por outro lado, a Odebrecht espera que agora o juiz Sergio Moro, responsável pelo acordo de leniência da empresa, homologue a medida nos próximos dias. O magistrado esperava a oficialização das delações para encaminhar o assunto na sua vara em Curitiba.

Sigilo

Nesta semana, a presidente da corte, Cármen Lúcia, deve definir, por sorteio, o novo relator da Lava Jato no Supremo. A ideia, afirmam interlocutores da corte, é que o novo ministro responsável pela operação discuta o levantamento de sigilo diretamente com a Procuradoria.

A Odebrecht soube da homologação pela imprensa na manhã desta segunda. Apesar da expectativa de que Cármen Lúcia validasse os depoimentos, advogados definiram como “corajosa” a atitude da ministra, que poderia homologar, por exemplo, apenas os principais depoimentos e deixar o restante para o novo delator.

O presidente Michel Temer, por sua vez, só indicará o novo ministro do STF, que ocupará no plenário a vaga de Teori Zavascki, morto em acidente de avião no último dia 19, depois que a corte indicar o novo relator da Lava Jato. O objetivo é não passar a impressão de que o governo quer interferir nas investigações.

Folhapress

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