Goiás vai fechar a quarta-feira (08/06) com 506 leitos de UTI adulto ocupados o que representa 88% da ocupação total em todo o estado. No fechamento desta matéria, haviam 76 leitos disponíveis e 39 bloqueados. Já aquelas salas de atendimento exclusivo para Covid-19 tem mantido o patamar na casa dos 80%.

Na enfermaria, o índice é de 78% de ocupação com 361 disponíveis, 1496 ocupados e 168 bloqueados. O percentual da UTI pediátrica chega a 85% de ocupação enquanto na enfermaria pediátrica o percentual também está na casa dos 82%. Devido à alta de casos positivos da Covid-19, os números de leitos para tratamento da doença na rede estadual de saúde serão ampliados nos próximos dias pelo Governo de Goiás.

Publicidade

Os hospitais da rede privada também têm ligado o sinal de alerta. A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) afirma que os hospitais particulares vêm registrando, no presente mês, um grande aumento com relação aos atendimentos de casos de Covid-19 em seus prontos-socorros e drive-thrus.

Publicidade

Diante da ascensão, a entidade faz um apelo para que as pessoas adotem cuidados, para evitar um novo caos na saúde, em Goiás. “A Ahpaceg solicita a compreensão dos pacientes, pois, devido ao aumento na demanda, o tempo de espera pelo atendimento também pode aumentar. Até o momento, não houve impacto nas internações, mas a situação preocupa a Ahpaceg, que volta a alertar a população sobre a necessidade prevenção da doença”, pontua, em nota.

Publicidade

As orientações são para que o distanciamento social seja mantido e as pessoas evitem aglomerações. O uso de máscaras faciais, protegendo boca e nariz, também é citado, além da higienização frequente e correta das mãos com água e sabão ou utilização do álcool em gel.

Infectologista explica alta

Publicidade

O aumento no número de casos de Covid-19 gera preocupação com relação a um novo caos no cenário da saúde, com a consequente possibilidade de crescimento, também, na taxa de ocupação hospitalar e óbitos em decorrência da doença. O atual momento, entretanto, não condiz com os períodos registrados anteriormente, de acordo com o médico infectologista, Marcelo Daher.

Segundo o especialista, o vírus em circulação é diferente do que circulava em momentos anteriores e possui menores probabilidades de evolução para casos graves. “Nós temos a circulação  de uma subvariante da ômicron, que é a BA2, e provavelmente, a BA2.12”, elucidou, ao Diário de Goiás, em comparação com o cenário registrado na Europa e nos EUA. “Essa subvariante tem como característica maior transmissibilidade”, avaliou. 

Diante do cenário, o infectologista disse que a tendência é para que se repita o que aconteceu no início deste ano, onde foi observado um grande número de casos com rápido registro de queda. Há, entretanto, a possibilidade de maiores internações. “Uma característica dessa variante, que a gente observou na Europa, foi que ela levou um pouco mais de pessoas para a internação. Ou seja, ela aumentou um pouco mais o número de internações do que a Ômicron pura, a BA1. Então, talvez a gente veja uma elevação de internações, sim”, enfatizou.

Publicidade