O projeto de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) deve desapropriar 187 imóveis ao longo da Avenida Anhanguera. Sobre este assunto, confira entrevista com o Presidente do Grupo Executivo de Implantação do VLT, Ricardo Jayme.
Quando começam as obras de desaproprição dos imóveis da Avenida Anhanguera?
Ricardo Jayme: O primeiro passo é o decreto de utilidade pública, que deve ser publicado hoje (19) no Diário Oficial da União. A partir de publicação, nós começamos a conversar com os proprietários dos imóveis, até para ser feito um levantamento sobre os valores dos estabelecimentos. Eles serão procurados, haverá uma negociação clara e transparente sobre o valor de mercado dos imóveis. A obra é uma parceria público-privada e a desapropriação é um dos pré-requisitos, junto com as as licenças ambientais, expedidas pela Prefeitura de Goiânia, e também as questões financeiras. A partir disso, com tudo equacionado, nós daremos a ordem de serviço. Acredito que seja no fim de janeiro de 2015.
O jornal O Popular trouxe na edição de ontem (18), uma reportagem onde os proprietários que serão desapropriados reclamam da falta de diálogo sobre o assunto…
Ricardo Jayme: O jornal O Popular teve acesso antes a questão do decreto. Várias pessoas já foram procuradas, mas não conseguimos procurar todas. Foram essas pessoas, que não foram procuradas ainda, que reclamaram. Alguma, inclusive, a equipe não encontrou em casa devido ao horário comercial. O que a gente indica é que todo mundo pode ficar muito tranquilo, não precisa de temor nenhum, nem de ansiedade, porque é um processo muito tranquilo que será amplamente discutido para que todos ganhem com isso. A obra é de Estado, não é do governo. É uma obra para a melhoria do transporte público de qualidade e da mobilidade urbana, além da reurbanização do Centro de Goiânia, do todo o Eixo Anhanguera. Esse desencontro pode ter ocorrido no começo, mas esse decreto é a premissa de que tudo começa acontecer agora.
Qual é a previsão de gastos da obras?
Ricardo Jayme: A obra toda está avaliada em R$ 1,3 bilhão. Sobre as desapropriações, nós ainda estamos em fase de levantamento, começando o sistema de avaliação, o proprietário também terá direito de fazer uma avaliação particular, então ainda não dá para precisar o valor.