O Sistema Produtor Mauro Borges, localizado na Região Norte de Goiânia, entra na reta final de construção. A autorização do Ministério das Cidades para que o Governo de Goiás use recursos da emissão de debêntures da Saneago na execução do sistema vai garantir a conclusão das obras até o final do primeiro semestre de 2016.
“O Sistema Produtor Mauro Borges é uma obra para muitas gerações. No momento em que o mundo todo está preocupado com a escassez de água, Goiás sai na frente e garante, definitivamente, o abastecimento da Grande Goiânia, a região mais populosa do Estado”, afirmou recentemente o governador Marconi Perillo, ao vistoriar o andamento das obras do complexo.
Os recursos das debêntures vão assegurar a implantação do linhão (manilha gigante) que vai levar água do reservatório para Senador Canedo e Aparecida de Goiânia, os dois municípios mais distantes da Barragem do João Leite. Juntos, os dois municípios têm mais de 620 mil habitantes.
Os sistemas João Leite e Meia Ponte produzem, atualmente, 4,5 mil litros de água tratada por segundo. Após o funcionamento pleno do Sistema Mauro Borges, será dobrada a oferta de água potável para os municípios da Grande Goiânia. Serão beneficiadas aproximadamente 3 milhões de pessoas, com garantia de abastecimento para os próximos 50 anos. Os relatórios da obra do Sistema Mauro Borges foram alvo de elogios por parte da Agência Nacional de Águas (ANA).
O Sistema Produtor Mauro Borges recebeu investimentos de R$ 336,6 milhões, sendo R$ 62,8 milhões contraídos junto ao BNDES, R$ 88,2 milhões do Governo Federal (ministérios das Cidades e Integração Nacional) e R$ 185,6 milhões da Saneago. A Barragem do Ribeirão João Leite já havia recebido investimentos de R$ 202,5 milhões, por meio de parceria entre o Governo de Goiás e a União.
Para esta fase final, o Ministério das Cidades autorizou a Saneago a emitir debêntures (títulos da dívida pública) de infraestrutura, para captar recursos junto a investidores. O complexo compreende a Barragem do Ribeirão João Leite, a Estação de Tratamento de Água e a Estação Elevatória de Água Bruta. Esta última é considerada um modelo de sustentabilidade por funcionar através da força da própria água do sistema, que acionará as bombas da Estação Elevatória. Além da economia de energia, o abastecimento de água estará garantido em caso de apagão prolongado.