As obras de construção do corredor do BRT da Praça do Cruzeiro começarão na próxima quarta-feira (23), conforme informou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Goiânia. Inicialmente, a previsão para o início era nesta terça-feira (22).
A luz verde para as obras veio do Ministério Público Federal, que concedeu autorização após aprovação unânime do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural e Ambiental de Goiânia. O aval veio depois da comprovação da administração de que os serviços não irão interferir no traçado e desenho da praça, tombada pelo Tribunal de Justiça de Goiás em 2014.
No local serão instaladas duas estações de embarque e desembarque de passageiros, uma de cada lado da praça, seguindo o mesmo estilo das que foram aprovadas pelo Iphan para a Praça Cívica, com estruturas mais leves e vidro transparente, permitindo a visualização dos bens tombados. Cada plataforma ocupará um espaço no passeio de 3,5 m de largura.
O projeto do BRT na Praça do Cruzeiro prevê, além da construção do Corredor e instalação das plataformas, a reconstrução de meios-fios e implantação de calçadas acessíveis e ainda a revitalização da iluminação pública, que será substituída por lâmpadas de led.
A previsão para a conclusão das obras viárias é de 60 dias. Já as plataformas deverão ficar prontas junto com toda a estrutura do sistema, em outubro de 2020. Após a conclusão do trecho na Praça do Cruzeiro, as obras se estenderão pela Avenida 84 até a Praça Cívica.
BRT Norte-Sul
O BRT Norte-Sul tem uma extensão de 21,7 km, saindo do terminal Recanto do Bosque, na Região Norte da Capital até o terminal Cruzeiro, em Aparecida de Goiânia. É composto por duas trincheiras, seis terminais de integração aos ônibus comuns e 30 estações de embarque e desembarque. No último dia 9 foi publicado o edital para contratação de empresa que fará os 5,1 km entre o Terminal Isidória e Terminal Cruzeiro. A licitação será aberta no dia 13 de novembro.
O trecho em construção está orçado em R$ 217 milhões, em valores iniciais, sendo R$ 140 milhões de recursos do FGTS e R$ 77 milhões de contrapartida da Prefeitura de Goiânia. Em valores atualizados já chega a R$ 400 milhões: sendo R$ 270 milhões do FGTS e R$ 130 milhões da Prefeitura.
As obras começaram em março de 2015, mas, por divergências entre a Prefeitura, a Caixa Econômica Federal e órgãos de controle, sofreram uma paralisação de oito meses, sendo retomadas em março do ano passado, após assinatura de um TAC entre o Ministério Público e os envolvidos.