Publicidade
Categorias: Cidades
| Em 9 anos atrás

“Objetivo é cumprir as metas do plano de governo”, diz Nelcivone sobre sustentabilidade

Compartilhar

O presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia (Amma), Nelcivone Melo, assumiu a responsabilidade de implantar os projetos de desenvolvimento sustentável em todas as pastas da administração municipal. Em entrevista à Rádio Vinha, na manhã desta quarta-feira (29), o presidente afirmou que o objetivo é cumprir o plano de governo do prefeito Paulo Garcia.

“Nosso principal objetivo é cumprir as metas do Plano de Governo do prefeito Paulo Garcia. Quando esse plano foi elaborado foi feito com essa visão de desenvolvimento sustentável. Então, esse trabalho que vou realizar agora é uma continuidade do que eu já vinha fazendo na coordenação da unidade executora do Plano de Ação Goiânia Sustentável”, explicou.

Publicidade

Segundo Nelcivone, o primeiro passo será a melhoria da comunicação interna entre as secretarias municipais para catalogar os projetos que estão em desenvolvimento e selecionar os que ainda podem ser concluídos nesta gestão.

Publicidade

Entre os projetos de desenvolvimento sustentável estão a implantação dos corredores de ônibus e de ciclofaixas. “O prefeito está cumprindo praticamente tudo que ele prometeu relacionado à implantação dos corredores viários, da infraestrutura cicloviária. Ainda vamos realizar a contratação do Plano Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável”, disse.

Publicidade

Confira a entrevista na íntegra:

Altair Tavares: Conduzir a implantação de projetos de desenvolvimento sustentável implica em uma articulação política entre as secretarias e administrativa também, que pode levar a que tipo de resultado?

Nelcivone Melo: Nosso principal objetivo é cumprir as metas do plano de governo do prefeito Paulo Garcia. Quando esse plano foi elaborado, já foi feito com essa visão de desenvolvimento sustentável. Então, na verdade, esse trabalho que eu vou realizar agora é uma continuação do que eu já vinha fazendo na coordenação da unidade executora do Plano de Ação Goiânia Sustentável. Simplesmente, nós vamos melhorar, digamos, a comunicação interna, entre as secretarias, vamos catalogar todos os projetos que estão em desenvolvimento e vamos selecionar aqueles projetos que têm maior impacto, do ponto de vista da sustentabilidade, e que podem ser concluídos ainda nesta gestão de pouco mais de um ano que temos pela frente.

Publicidade

Altair Tavares: Quais foram as promessas do prefeito na área do Desenvolvimento Sustentável e que ainda podem ser realizadas?

Nelcivone Melo: Por exemplo, na questão da mobilidade urbana, o prefeito está cumprindo praticamente tudo que ele prometeu relacionado à implantação dos corredores viários, da infraestrutura cicloviária. Mas tem uma ação que ainda vamos realizar, que é a contratação do Plano Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável. Já estamos com a licitação em fase de conclusão, já temos uma empresa vencedora. Então, nos próximos dias, nas próximas semanas nós vamos já assinar o contrato com essa empresa de consultoria que vai fazer o nosso Plano de Mobilidade Urbana e uma nova pesquisa origem/destino. Isso é muito importante para o futuro da cidade do ponto de vista da mobilidade urbana. Na área ambiental, por exemplo, estamos terminando o nosso Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, que é conduzido pela Amma, que também é muito importante para o futuro da cidade. Assim, eu poderia destacar em todas as áreas: na saúde, na educação, obras, como as da Marginal Cascavel, da Marginal Botafogo. São obras importantes para corrigir problemas que a cidade apresenta e melhorar a qualidade de vida.

Altair Tavares: Procede a informação de que a Avenida Goiás pode virar uma área de lazer, no Centro de Goiânia?

Nelcivone Melo: Sim, isso já é uma decisão que o prefeito Paulo Garcia gostaria de ter implementado há muito tempo. Nós temos exemplos, tanto no Brasil quanto no exterior, no caso de Brasília, que eles fecham o eixão para o lazer aos domingos; em São Paulo, o minhocão é fechado; em Nova Iorque tem várias áreas que são fechadas. Então, o prefeito já havia determinado há algum tempo que isso fosse realizado, mas agora nós vamos concretizar esse sonho do prefeito. Nós apresentamos algumas sugestões, por exemplo, a Ricardo Paranhos, o Eixo da Anhangueira e o Eixo da Goiás. O prefeito optou por fazer isso na Avenida Goiás por várias razões. Primeiro: ela é uma continuidade da Praça Cívica, que está sendo restaurada e que já tem o anel interno fechado aos domingos. Ali forma uma esplanada no Centro da cidade, onde tem várias coisas interessantes do ponto de vista de arquitetura e arte. Então, nós vamos ter da Praça Cívica até a Avenida Paranaíba fechado aos domingos para que a população usufrua para andar de skate, patinete, bicicleta, carrinho de bebê.

Altair Tavares: Mas o Centro é muito comercial. Haveria tanto interesse no sentido de deslocamento das pessoas para o Centro no fim de semana?

Nelcivone Melo: É o que acontece em todos os lugares. Quando você cria um espaço de convivência as pessoas se apropriam desse espaço. Ali as pessoas podem fazer ginástica, podem dançar, brincar, então, é importante ter esses espaços, senão as pessoas passam o dia todo fechados dentro dos apartamento e é bom ir para a rua, se movimentar, tomar sol. Nós estamos criando essa oportunidade para as pessoas conviverem ao ar livre.

Altair Tavares: O fato é que Oscar Niemeyer foi ocupado nos fins de semana pelas pessoas que têm patins e skate.

Nelcivone Melo: Nossos parques também são muito usados nos fins de semana. Por exemplo, a inauguração das ciclofaixas no Parque Areião e Vaca Brava, ela trouxe uma multidão de pessoas que foram só para dar uma volta. As pessoas gostam disso, elas gostam de conviver umas com as outras.

Altair Tavares: É possível implantar 140 quilômetros de ciclofaixa na capital?

Nelcivone Melo: Na verdade, quando falamos de infraestrutura cicloviária, temos que pensar em três modalidades. Você tem a rotaciclagem, a ciclofaixa, que pode ser permanente ou temporária, e as ciclovias fixas, permanentes. Essas duas ciclofaixas que inauguramos semana passada são temporárias. Chamamos de funcionais. Então, é possível, sim, porque só de ciclovias a Prefeitura está executando neste momento cerca de 50 quilômetros. Essas ciclovias estão nos corredores de ônibus da T-7, da T-63 e do programa Macambira Anicuns. Essas serão permanentes e interconectadas. Aí nós vamos retirar a razão daquelas pessoas que hoje criticam o fato das ciclovias não serem conectadas umas com as outras. Mas, com a conclusão desse projeto dos corredores, as ciclovias serão interconectadas. E as rotaciclagens foram mapeadas em um processo colaborativo com os cicloativistas. Esse projeto foi coordenado pela arquiteta Gabriela Silveira, pelo geógrafo Ari Soares e pela arquitets Lais Rincon. Então, é um projeto que mapeou 72 quilômetros de rotaciclagem. São aquelas rotas que as pessoas usam para ir ao trabalho. Porque quem usa bicicleta em Goiânia, temos algumas tribos. Tem aqueles que usam a bicicleta para ir ao trabalho, para lazer, para esporte. As rotaciclagens são mais usadas por quem usa bicicleta para o trabalho.

Altair Tavares: Onde estão essas rotas?

Nelcivone Melo: A prioridade das rotas, que foi definida por esse trabalho colaborativo, é a da Cora Coralina. Ela vai da Praça Cívica até a Avenida T-63. Depois tem várias outras rotas. Esse trabalho mostra um mapeamento de 25 rotas que dão em torno de 72 quilômetros. Para fazer essa rotaciclagem, a primeira coisa é diminuir a velocidade do carro da rua e faz uma sinalização vertical alertando o motorista que ali é uma rota de bicicleta. Hoje, pelo nosso Código de Trânsito, a bicicleta tem prioridade em relação ao carro. Então, quando um condutor vê uma bicicleta na rua, a bicicleta não está atrapalhando o trânsito, ela é o trânsito. Então, você tem que ficar a uma distância de um metro e meio do ciclista. Isso é o que define a nossa lei de trânsito.

Publicidade