Em seu último discurso sobre segurança nacional como presidente dos EUA, Barack Obama tinha à sua frente uma plateia de militares numa base aérea na Flórida, mas o alvo principal foi Donald Trump.
Sem citá-lo pelo nome, Obama repudiou várias promessas feitas por Trump, como “bombardear para os diabos” a facção terrorista Estado Islâmico (EI) e construir um muro na fronteira com o México.
“Em vez de oferecer falsas promessas de que podemos eliminar o terrorismo com mais bombas, enviando mais e mais tropas ou colocando cercas entre nós e o mundo, temos que ter uma visão de longo prazo da ameaça terrorista, e precisamos ter uma estratégia inteligente que possa ser sustentada”, disse.
O presidente respondeu também às críticas de Trump e de outros republicanos de que deveria dizer que o “islã radical” está por trás da ameaça terrorista.”Se estigmatizarmos muçulmanos bons e patriotas, isso só alimenta a narrativa dos terroristas.”
Mais tarde, Trump rebateu a doutrina de Obama num discurso em Fayetteville, na Carolina do Norte, segunda escala de seu “tour do obrigado”.
Ele apresentou seu escolhido para secretário de Defesa, o general James “Mad Dog” Mattis, criticou Obama por não chamar pelo nome a “ideologia da morte” e prometeu reerguer as Forças Armadas dos EUA, que considera “esgotadas”.
Folhapress