A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), presidida por Rafael Lara Martins, junto com as outras subseções da entidade, assinou com o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que seja suspensa a imposição de uma multa de R$ 50 mil a usuários do X (antigo Twitter) que acessarem a plataforma através de uma VPN (Virtual Private Network). A medida, protocolada neste sábado (31) foi tomada após Moraes determinar a suspensão do X em todo o território nacional na última sexta-feira, 30.
A VPN, ferramenta utilizada para acessar redes privadas por meio de uma conexão criptografada, permite aos usuários simular o acesso à internet de outros países, possibilitando, assim, o uso de sites bloqueados na localidade onde o usuário se encontra.
Segundo Rafael Lara, nenhuma pessoa ou instituição deve estar além do alcance da lei no Brasil. “Apoiamos firmemente a autonomia do Judiciário em tomar decisões para conter abusos, independentemente de sua origem. No entanto, é crucial que tais medidas respeitem os limites constitucionais e legais, assegurando as liberdades individuais,” afirmou.
A OAB defende que a multa imposta pelo ministro Moraes é arbitrária, pois não considera as circunstâncias individuais dos usuários nem sua capacidade econômica, gerando uma punição indiscriminada.
A petição da OAB destaca os seguintes pontos principais:
“O princípio do devido processo legal garante que todos sejam tratados de forma justa e equitativa em qualquer procedimento que possa resultar em sanção. A imposição de multas, por si só, é uma sanção e deve estar respaldada por um processo legal que assegure ao indivíduo o direito à ampla defesa, ao contraditório e à completa compreensão dos motivos da decisão condenatória,” reitera a petição.