Os senadoriáveis ouvidos pela Ordem dos Advogados do Brasil secção Goiás, nesta quarta-feira (3), foram Vilmar Rocha (PSD), Marina Sant’Anna (PT) e Aldo Muro (PSDC).
Todos tiveram tempo de 30 minutos para expor ideias e responder perguntas dos advogados presentes.
Foto: crédito: Leo Iran.
De acordo com o presidente da OAB Goiás, Henrique Tibúrcio, o objetivo da iniciativa foi de ouvir os candidatos em temas de interesse da ordem.
“Queremos ouvir as propostas dos candidatos, principalmente nos temas que a OAB tem interesse, seja por que dizem respeito à advocacia ou que impactam diretamente na sociedade,” aponta o presidente Henrique Tibúrcio.
Todos os três candidatos são advogados. O clima foi amistoso nas três sabatinas realizadas. Vilmar Rocha lembrou que há 40 anos é advogado. Em tom humorado, perguntou se alguns dos presentes possuíam uma carteira da OAB mais antiga do que a dele.
Marina Sant’Anna lembrou do tempo em que era estudante de direito e que recebeu acompanhamento da OAB. Disse que foi a casa em que nasceu profissionalmente.
Aldo Muro destacou que atua como advogado. Separou parte do tempo para discutir assuntos específicos que envolvem a Ordem dos Advogados.
Os candidatos foram questionados se vão acabar ou não com os exames da ordem. Todos os senadoriáveis responderam que são favoráveis a manutenção da prova.
Pacto Federativo:
Este foi um dos assuntos mais enfatizados por Vilmar Rocha. Ele defendeu a distribuição mais igualitária de recursos e responsabilidades, entre União, Estados e Municípios.
“A nossa federação está deformada. Sobram migalhas para Estados e Municípios. É preciso repactuar a federação. Foi se concentrando poder e dinheiro para a União. Deve-se fazer descentralização de poder e dinheiro”, argumenta Vilmar Rocha.
O candidato ainda defendeu que é preciso ocorrer integração da área da segurança pública com a educação com a criação de escolas integrais. Destaca que as duas áreas tem tudo a ver, principalmente nas regiões mais perigosas, pois as crianças mais tempo na escola, poderiam ficar mais distantes do crime.
Por fim o candidato Vilmar Rocha agradeceu os advogados, pois alguns o haviam cumprimentado pela qualidade do programa eleitoral no rádio e na TV.
“Ouvi dizer que meu programa eleitoral está propositivo, mas não sei se isto rende voto, as pessoas gostam de espetáculo”, afirma Vilmar.
Aplicações das leis:
A senadoriável Marina Sant’Anna defendeu que as leis já existentes sejam aplicadas que estão em vigor: por exemplo, Lei Maria da Penha.
“ Quero me articular com vocês para que a gente consiga atuar em algumas áreas. Uma delas é defender as boas leis para que sejam aplicadas. Mas existem as leis: de execuções penais, Estatuto da Criança e do Adolescente e a lei Maria da Penha e elas não foram corretamente aplicadas ao longo de suas existências”, ressalta Marina Sant’Anna.
Não defende a redução da maioridade penal. Ela destaca que antes de se pensar nisso é preciso a efetiva aplicação do Estatuto da Criança e ao Adolescente.
A candidata ainda foi questionada sobre Reforma Tributária. “Reforma pensando em apenas pagamento de impostos é incorreta. Precisa haver reforma com justiça social. Pagar menos impostos, para diminuir da sonegação e cobrar do Estado o bom uso dos recursos pagos” analisa Marina Sant”Anna.
Por fim, a senadoriável ao ser indagada sobre o tema Reforma Política, defendeu maior participação das mulheres nos cargos políticos.
Voto Distrital:
Esta foi a bandeira defendida pelo candidato Aldo Muro PSDC. Defende que um terço do voto seja distribuído de forma proporcional, como é hoje e o restante distrital.
Ele argumentou que é contra financiamento de campanha por parte de pessoa jurídica e é a favor do voto distrital.
“ Sou a favor do voto distrital misto. O sistema como está hoje não é bom para representação democrática”, destaca Aldo Muro.
O senadoriável ainda fez críticas aos magistrados. Reclamou que a justiça é lenta. Destacou a necessidade da revisão das férias de julho e do fim do ano.
Destacou também que caso seja eleito, trabalhará para justiça ser mais ágil e reclamou que os magistrados as vezes demoram em dar continuidade nos processos.
Aldo Muro ainda defendeu mandato para senador de quatro anos e não oito como é hoje. Também propõe o fim da suplência.
Outros candidatos:
Antônio Neto (PCB) foi convidado para participar da sabatina nesta terça-feira, mas poucos minutos antes de participar, o candidato informou a assessoria da OAB que um filho dele estaria passando mal e por isto não poderia estar presente na sede da Ordem.
Ronaldo Caiado (DEM), Aguimar Jesuíno (PSB) e Elber Sampaio (PSOL) serão ouvidos nesta quinta-feira (04).