A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) terá uma comissão para acompanhar eventuais denúncias de disseminação de fake news nas eleições neste ano. A ideia, para além disso, é também conscientizar a população sobre os riscos da desinformação.
A Comissão Especial de Combate à Desinformação e Corrupção Eleitoral é presidida por Samuel Balduino. O colegiado existe desde 2014, mas tinha enfoques diferentes. Em 2016, por exemplo, as denúncias sobre caixa 2 tinham mais atenção da comissão, que funcionava também como canal para acesso à Justiça Eleitoral.
“Vamos reativar esse canal e expandir para denúncias relacionadas à desinformação. Nossa ideia é, institucionalmente, estabelecer um instrumento de combate às fake news”, disse Balduino.
O presidente da comissão explica que não será criada uma agência de checagem, mas o colegiado pretende estabelecer parcerias nesse sentido.
“Nossa ideia inicial é que, usando esse canal, a pessoa tenha acesso ao antídoto (para a desinformação). Me parece que vamos conseguir fazer isso em parceria com demais agências existentes”, destacou. “Vamos ser mais um instrumento de divulgação daquilo que é notícia falsa”, completou.
Além disso, esclarece Balduino, a OAB-GO trabalhará com divulgação nas mídias sociais de informações que rebatem fake news mais disseminadas, como a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas.
O presidente da comissão lembra que o advogado tem interlocução e proximidade com o cidadão. Por isso, o trabalho de conscientização sobre a importância da checagem da informação ganha amplitude.
“A gente também quer fazer encontros regionais para conscientizar o eleitor, estabelecer conduta de checagem. Nossa ideia é instigar os eleitores a participarem do processo, não replicarem notícias falsas”, destaca.
Além da iniciativa regional, a OAB nacional lançou um observatório para acompanhar denúncias de desinformação. Em Goiás, a comissão foi formada recentemente e terá uma composição com quatro advogados. Porém, qualquer advogado pode participar como membro.