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Política
| Em 3 anos atrás

‘O mundo, às vezes, reserva surpresas’, diz Moro sobre candidatura à Presidência

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O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro retomou o discurso sobre a hipótese de ser candidato a presidente pelo União Brasil e reiterou que seu nome “está à disposição” para um projeto nacional, apesar das resistências internas. “O mundo às vezes reserva surpresas”, admitiu em entrevista à Rádio Eldorado.

Moro não revelou qual seria seu “plano B” caso a candidatura presidencial – da qual ele já havia aberto mão publicamente ao migrar do Podemos para o União Brasil – não se confirme. “Há muitas alternativas”, afirmou. “Tudo passa por uma construção pelo partido político. Eu posso ser candidato a um eventual cargo, mas isso ainda estamos discutindo”, disse. Recentemente, ele havia afirmado que poderia também ficar de fora das eleições

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Moro voltou a defender a construção de um acordo em torno de um único nome de centro que quebre a polarização entre Lula e Bolsonaro e venha ou de um “partido robusto” ou de uma aglutinação do centro. “Precisamos ter uma candidatura de centro, moderada no polo político, disposta a fazer as reformas que o Brasil precisa e que apresente integridade”. Para o ex-juiz, dois critérios devem ser levados em conta na escolha da candidatura em consenso: “uma mistura de avaliação de estrutura partidária e intenção de voto, porque quem decide é o eleitor”.

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O União Brasil já possui um nome como pré-candidato à Presidência da República, o deputado e presidente da sigla, Luciano Bivar (PE). O anúncio foi feito no início de abril, após a chegada de Moro ao partido. Há um pré-acordo entre o União Brasil, o MDB, o PSDB e o Cidadania para que as siglas caminhem juntas. Além de Bivar, o grupo avalia ainda a possibilidade de lançar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) ou o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB).

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Pesquisas eleitorais recentes mostram que a desistência momentânea de Moro da disputa presidencial tem favorecido uma migração de votos do ex-juiz para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o ex-ministro, esse processo consiste em um movimento natural. “O eleitor ainda não está tão focado no período eleitoral. Quando o meu nome sai das pesquisas, é natural os meus eleitores se dividirem”, concluiu. (Por Natália Santos/Estadão Conteúdo)

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