O balanço dos três primeiros meses de trabalho à frente do Escritório de Prioridades Estratégicas foi positivo. “Lançamos o primeiro processo seletivo da história da Prefeitura de Goiânia para posições comissionadas. Foi um marco. Estávamos dando alguns passos, alinhando com o prefeito para construir o que seria a primeira parceria público privada do município”, destacou em entrevista ao Diário de Goiás o ex-titular da pasta, José Frederico Lyra Netto. A decisão de sair em conjunto com outros 13 secretários nesta segunda-feira (05/04) não teve a ver com o serviço que vinha desempenhando, tampouco com relação ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos). “O prefeito é uma pessoa muito gentil e sempre aberta as iniciativas do Escritório”, destaca.

A bem da verdade sua saída foi baseada após uma série de acontecimentos que, foram promovendo uma sensação de insegurança com relação ao cargo. “O clima na Prefeitura foi ficando muito inseguro. Com as mudanças, vimos colegas e secretários descobrindo que foram exonerados pelo Diário Oficial. Achamos ruim isso, pouco profissional”, ponderou. Essa série de situações promovia também desconforto. Ainda mais por uma parcela dessas decisões ter origem de fora para dentro da Prefeitura.

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Quando assumiu, Rogério Cruz garantiu que não faria mudanças no time de secretariado. Mas parece ter se esquecido dessas palavras ao promover uma série de mudanças, com menos de dois meses. “Eu fui chamado para um projeto. Eu votei no Maguito Vilela nas eleições embora não tenha participado nas eleições, mas votei porque eu acreditava naquele projeto. Quando o prefeito Rogério assumiu de fato como prefeito ele falou que não mudaria o projeto nem o time. Mas durou pouco tempo isso e essa fala. Em um mês essas modificações começaram a aparecer e isso foi nos preocupando. Depois de várias ações eu tive a sensação e a interpretação que o projeto mudou”, destacou.

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Frederico faz questão de ressaltar que não sofreu interferências em seu trabalho, mas via em outros lugares da Prefeitura, interferências externas. “Pelo que eu acompanhei as decisões foram sendo tomadas ouvindo mais o Republicanos externo do que a turma daqui. Isso foi um dos elementos que me fez ficar desconfortável em continuar como gestor.”

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Apesar da experiência rápida, Frederico diz que viveu bons momentos e deseja que aquilo que foi criado por sua equipe no Escritório de Prioridades Estratégicas não fique no caminho. Ele seguirá focando no movimento de renovação política que ajudou a criar: o Acredito. 

“Sigo com o Acredito que é o movimento de renovação política do qual sou co-fundador, eu sigo com esse sonho de renovar política porque importa muito as pessoas que estão lá e tomam as decisões. Isso fica cada vez mais claro para mim. Podemos fazer uma ótima gestão e importa muito quem está lá tomando a decisão pelo cidadão. Por isso é importante esse movimento de renovação da política e sigo firme nesse movimento”, conclui.

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