Depois de defender o rompimento entre o PT e o PMDB em Goiás, para o processo sucessório de 2014, o deputado federal Sandro Mabel (PMDB) mirou o plano nacional e não poupou críticas contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT). “O Brasil não aguenta a Dilma por mais quatro anos. Hoje, eu me desculpo com aqueles que votaram nela para atender a um pedido meu. Me enganei sobre a capacidade da petista como gestora”, declarou, à reportagem do Diário de Goiás.
O deputado, que não disputará à reeleição, cogitou a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltar ao cenário político como candidato à Presidência da República, em outubro deste ano. “Eu acredito que depois da Copa, quando a população estiver mais voltada para política, o Lula deverá anunciar sua candidatura no lugar da Dilma. Só assim o PT terá condições de vencer o pleito”, acrescentou.
CPI da Petrobras
A “bala de prata” que alvejará “fatalmente” a avaliação da presidente Dilma, segundo Sandro Mabel, será a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investigará a Petrobras. O peemedebista já foi indicado para compor a CPI e sua expectativa é desvendar possíveis irregularidades e desvios de verbas na empresa pública.
“Eu vou participar de verdade. Vou investigar e dar publicidade aos resultados. Não existe essa de acordos para esconder a verdade. Comigo não tem troca. E tenho certeza que esta Comissão vai prejudicar muito petista. As manifestações de junho já atingiram alguns deles, esta CPI pode ser pior”, avaliou.
No Senado, a coleta de assinaturas foi concluída. Os senadores oposicionistas conseguiram 29 nomes, dois a mais que o exigido pelo regimento. Resta agora conseguir o aval na Câmara de Deputados. São necessárias 171 rubricas para que a CPI mista seja instalada. Mabel antecipa que o objetivo é recolher todas antes do dia 15, quando haverá sessão do Congresso Nacional.