Subiu para 96 o número de mortos pelo terremoto de 8,2 graus de quinta-feira (7) no México, o mais intenso em um século no país.
As autoridades confirmaram novos óbitos no Estado de Oaxaca, um dos mais afetados, informou a presidência.
O terremoto danificou dezenas de milhares de casas e afetou cerca de 2,5 milhões de pessoas, disseram autoridades.
O governador do Estado de Oaxaca, Alejandro Murat, disse à mídia local que o número de mortes em seu Estado subiu para 76. Murat informou que relatórios preliminares mostraram que ao menos 12 mil casas foram danificadas e alertou que o número provavelmente aumentará.
A maior parte das mortes de Oaxaca aconteceram na cidade de Juchitán, onde mais de 5 mil casas foram destruídas.
Outras 16 vítimas fatais foram confirmadas no Estado de Chiapas e quatro no vizinho Tabasco.
O terremoto de magnitude 8,1 foi mais forte do que um tremor de 1985 que destruiu partes da Cidade do México e matou milhares de pessoas. Entretanto, sua profundidade maior e distância ajudou a salvar a capital de danos mais graves.
Eduardo Sánchez, porta-voz da presidência do México, informou que o presidente Enrique Peña Nieto viajará nesta segunda-feira para a região afetada para supervisionar a entrega de ajuda.
Segundo Sanchez, os esforços de emergência continuam. Dezenas de milhares de pacotes de alimentos, mantimentos, leite, cobertores, entre outros, estão sendo distribuídos nas zonas afetadas.
Muitos moradores, no entanto, que viram suas casas reduzidas a escombros ou prestes a desabar, estão desesperados e reclamam da lentidão da ajuda.
O Ministério de Relações Exteriores do México informou nesta segunda-feira (11) que irá retirar a oferta de ajuda às vítimas da tempestade Harvey, que atingiu a costa leste dos Estados Unidos na última semana de agosto.
A necessidade de concentrar esforços no resgate e assistência dos afetados pelo terremoto da última quinta-feira foi citada como o principal motivo para a desistência.
O governo mexicano havia oferecido comida, camas, geradores, cozinhas portáteis e médicos para auxiliar a região da capital Houston, no Estado do Texas, um dos mais atingidos pela tempestade.
As relações diplomáticas entre os Estados Unidos e o México têm passado por tensões após o presidente americano Donald Trump ameaçar reduzir o comércio com o vizinho e exigir que o governo mexicano pague por um muro na fronteira para evitar a passagem de imigrantes ilegais e traficantes de drogas aos EUA.
No comunicado divulgado nesta segunda, o governo mexicano informou que a Embaixada americana havia levado nove dias para responder à oferta de ajuda, e informou que os EUA tinham aceitado “apenas um auxílio logístico”. (Folhapress)