O número de mortos em protestos contra o governo da Venezuela subiu para seis nesta quinta-feira (13) com a morte de Gruseny Antonio Canelón, 32. Ele estava ferido após ter sido baleado em uma manifestação na terça (11) na cidade de Barquisimeto, no oeste do país.
Já havia sido registrada a morte de duas pessoas que participavam do mesmo protesto -as vítimas foram um garoto de 13 anos que não foi identificado e Miguel Colmenares, 36.
A onda de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro já havia registrado três mortes. O manifestante Daniel Queliz, 20, foi baleado e morto na segunda-feira (10). As outras duas vítimas não tinham relação com as mobilizações, mas morreram em meio à repressão das forças de segurança.
A série de manifestações teve início em 30 de março, quando o Tribunal Supremo de Justiça, dominado pelo governo, determinou o fim da imunidade parlamentar e a retirada do poder de legislar da Assembleia Nacional. As decisões foram revertidas três dias depois.
Os atos ganharam novo fôlego na sexta (7) quando a Controladoria-Geral cassou por 15 anos os direitos políticos de Henrique Capriles, candidato opositor derrotado na eleição presidencial de 2013.
Novos protestos foram convocados em várias cidades do país para esta quinta-feira (13). O metrô de Caracas anunciou o fechamento de 28 estações durante o dia para “proteger usuários e funcionários” -opositores dizem que o objetivo da medida é atrapalhar a manifestação.
OPOSITOR PRESO
Nesta quinta (13), o pai do líder opositor Leopoldo López denunciou à rádio espanhol esRadio que seu filho, que está preso desde 2014, está “totalmente” incomunicável e que não pode conversar nem mesmo com seus advogados.
López foi condenado a quase 14 anos de prisão acusado de incitar protestos violentos -a oposição considera que ele é um preso político e exige sua libertação. (Folhapress)