Conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), o número de afogamentos de crianças tem apresentado crescimento em 2024. De 1º de janeiro a 15 de março deste ano, foram registrados 10 atendimentos a crianças vítimas de afogamento no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
O número de atendimentos representa o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Em 2023, o total de atendimentos a esses casos chegou a 32. E com a chegada do feriado da Semana Santa, o Governo de Goiás conscientiza sobre os riscos e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para evitar tragédias e garantir a segurança das crianças.
De acordo com o médico pediatra da unidade, Elisio de Castro, o afogamento de crianças ocorre, principalmente, por falta de prevenção. “A falta de supervisão de um adulto é a principal falha”, alerta. O especialista explica que, se o afogamento acontecer, a primeira medida é chamar o Corpo de Bombeiros (CBMGO), no telefone 193, ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no 192.
Toda criança até 7 anos deve ser supervisionada, mesmo que saiba nadar. As boias e coletes são importantes, mas não substituem o monitoramento de um adulto.
Elisio de Castro
Segundo o pediatra, os afogamentos acontecem com mais frequência em locais com água doce e corrente, como rios, represas, lagos e lagoas. Mas acidentes domésticos também podem ocorrer em piscinas, baldes, banheiros e até vasos sanitários. “Um local com pouca água já é suficiente para uma criança se afogar”, conta.
Afogamentos de crianças podem ser evitados com algumas medidas de proteção simples, como grades em volta da piscina, por exemplo. “Com criança, é necessário ficar atento aos detalhes. Daí a importância de um supervisor responsável. Em casos de eventos ou festas, o supervisor deve evitar distrações, como livros e celulares, não ingerir bebidas alcoólicas e saber nadar’”, aconselha Elisio.