Novo presidente do Goiás fala de luta contra Série C, Haile, Criciúma e “terra arrasada”

Marcelo Almeida chegou ao Goiás Esporte Clube em 1996 como médico e depois passou a fazer parte do Conselho Deliberativo. Nos últimos anos foi um dos vice-presidentes na administração de Sérgio Rassi. Participou ativamente em muitos momentos e também teve peso de voto em várias decisões, mas agora na cadeira de presidente tem visto de maneira diferente a agremiação que atravessa um dos piores momentos de sua história. 

Ocupando a 16ª colocação na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro da Série B, o novo presidente do Verdão enxerga o futebol do clube como “terra arrasada”. 

Chegando com a missão de evitar um catastrófico rebaixamento, Marcelo Almeida demitiu o técnico Argel Fucks e trouxe de volta Sílvio Criciúma. Osmar Lucindo segue prestigiado na gestão de futebol. Outra decisão foi a reintegração dos jogadores que tinha sido afastados. 

Em entrevista ao programa Debates Esportivos, Marcelo Almeida disse estar assustado com a dimensão do problema atravessado no futebol, porém afirmou que o time não vai cair no seu comando. Sobre a impaciência da torcida com o rendimento esmeraldino nas últimas temporadas, o novo mandatário disse compreender a revolta. “O torcedor não aceita a possibilidade de ver a instituição com dinheiro na conta e passando dificuldades em campo. Eu compartilho um pouco disso, mas também não posso estar quebrado com um time bom – tenho que ter um meio termo – um time bom com a parte financeira tranquila”.

Vários assuntos foram abordados com o presidente que tem a missão de tirar o Goiás da situação que ele classifica como desesperadora. Uma reação que possa levar o time ao improvável acesso também foi cogitada: “O Silvio me disse uma coisa interessante – que estamos perdendo o jogo de 1 a 0, e que para vencer precisamos primeiro fazer o gol de empate, para depois virar o jogo. Não vou deixar de sonhar com a volta para elite”. 

Etapa emergencial 

“Vou fazer um pouco diferente agora, talvez para frente eu consiga fazer o muito diferente.Tenho chamado assim essa primeira etapa de terra arrasada. Olho para trás e vejo que estamos apenas a um ponto do rebaixamento, ou seja, estou olhando no retrovisor e vendo que a Série B está atrás de mim. Tenho que fugir agora da Série C e não perseguir a Série A. Posteriormente nas próximas semanas, eu posso pensar em desenvolver o segundo projeto estratégico que é planejar o ano que vem”.

Sílvio Criciúma

“Quando eu escolhi o Criciúma é porque apesar de não ter sido o diferente, foi o técnico de todos que passaram por aqui foi o que apresentou os melhores resultados. Vivendo esse momento de desespero eu já logo penso que tenho que ter um técnico que conheça o meu grupo. Juntei agora toda a comissão técnica e disse que precisamos de todos e que eles precisam apoiar o Criciúma, porque se não no final do ano estaremos todos afundando desse barco”.

Haile Pinheiro

“Ele está 100% ao meu lado e podem perguntar as pessoas que o rodeiam. Ele está no Goiás desde 1963 – ele conhece tudo dentro do clube. Eu não posso perder a oportunidade de ter uma pessoa com essa experiência ao meu lado, trocando confidências e opiniões. Tenho que pegar essa história viva e ter ao meu lado para me mostrar o caminho melhor”.

Outros Pinheiros

“Edminho e Paulo Rogério são meus amigos e são da casa. Eles não precisam de convite para entrar. Com o Paulo Rogério Pinheiro eu converso com ele todos os dias. Chamei também o Hailezinho (filho do Haile) para ficar ao meu lado. Todos me disseram que estão comigo e pediram desculpas porque não podem estar na linha de frente por terem seus afazeres. Mas posso afirmar que os três estão comigo e quando precisar de um deles, é só ligar que vão me ajudar”.