Em entrevista ao Diário de Goiás, o deputado federal Major Vitor Hugo afirmou que o novo partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende fundar, Aliança pelo Brasil, vai apostar na mobilização digital para conseguir sua criação. Para o parlamentar, que já foi nomeado presidente da nova sigla em Goiás, a ideia é que com o apoio e divulgação de lideranças fortes, inclusive de Bolsonaro, o partido seja criado rapidamente através de um aplicativo de coletas de assinatura que ainda está em desenvolvimento.
Para Major Vitor Hugo, o número de seguidores que o partido já conseguiu em suas redes sociais oficiais é um indício de que a nova sigla não terá problema para conseguir apoiadores. “Nossas rede oficiais já tem mais de 200 mil apoiadores e isso vai replicar quando for a hora das assinaturas. Por aplicativo dá uma possibilidade de adesão praticamente online. Quando as lideranças tiverem replicando os pedidos, a gente imagina que vamos ter o apoio rapidamente”, afirmou.
De acordo com a lei eleitoral brasileira, é necessário um número de assinaturas equivalente a, no mínimo, 0,5% dos votos válidos na última eleição para a Câmara dos Deputados. Segundo Major Vitor Hugo, a expectativa é que a Aliança pelo Brasil esteja criada no início de fevereiro do ano que vem, apta para disputar as eleições municipais.
O parlamentar também informou que não há plano B caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não aceitei as assinaturas conseguidas por meio digital. “99% dos esforços estão voltados para essa estratégia digital. Único plano que estamos apostando as fichas”. Ele completou: “Tenho grande confiança em nosso jurídico, que ele está fazendo tudo de maneira legal, correta e vai conseguir cumprir o prazo de até início de fevereiro”.
Também haverá a possibilidade de coleta manual, mas essa seria em uma escala menor, segundo o deputado.
Eleições
Como presidente do novo partido em Goiás, Major Vitor Hugo disse que o foco nas próximas eleições não será a quantidade de cidades que vão conseguir a vitória, e sim a qualidade e proximidade dos novos eleitos com as ideias do presidente Bolsonaro.
Segundo ele, o trabalho gira em torno de fazer de cinco a sete prefeitos no estado: “Nós vamos fazer um estudo para selecionar as principais cidades, não temos interesse de lançar em todos os municípios, por isso haverá uma seleção muito criteriosa para escolher. Prefiro ter um partido com cinco, seis, sete candidaturas viáveis com que todas as cidades com candidatos sem critério, sem controle, com possibilidade de dar errado nas eleições e também no exercício do cargo”.
De acordo com o parlamentar, ele tem recebido várias mensagens, ligações, de pessoas que querem se aproximar para fazer parte da nova sigla e das próximas eleições.
Ele disse também não se preocupar em relação ao fundo partidário, que deve ser bem menor no novo partido. “Vamos criar os recursos que não temos, aglutinar pessoas, doações coletivas e gastar muita sola de sapato e esforço pessoal para levar o projeto do presidente à frente”, finalizou.