Entra em vigor nesta segunda-feira (3) a resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para uma nova gasolina em todo o Brasil. A agência que regula o combustível no Brasil estabeleceu três novas exigências: densidade, octanagem e ponto de vaporização.
Assim, 100% da gasolina comprada pelas distribuidoras vão precisar atender às especificações. Essas empresas terão 60 dias para vender os produtos que foram comprados antes e não atendem às exigências. Da mesma forma, os postos de gasolina terão 90 dias, a partir de 3 de agosto, para vender os produtos que receberam antes de as especificações se tornarem obrigatórias.
Uma das principais mudanças é o estabelecimento de um limite mínimo de massa específica para a gasolina automotiva. A nova gasolina brasileira vendida às distribuidoras precisará ter 715 quilos por metro cúbico. Antes, os fornecedores só precisavam informar os valores desse parâmetro, e a ausência de um limite mínimo fazia com que a gasolina vendida no Brasil fosse menos densa que a de outros mercados.
Preço da nova gasolina brasileira
Com isso, uma gasolina mais leve tornava mais difícil a identificação de fraudes. As novas regras vão ajudar no combate ao combustível adulterado. As especificações que exigem uma gasolina mais densa vai tornar esses crimes mais fáceis de serem identificados.
A gasolina mais pesada e de melhor qualidade também é mais cara para ser produzida e tem maior valor no mercado internacional, que é usado como referência pela Petrobras para definir os preços de seus produtos. O ganho de rendimento, segundo a empresa, compensa a diferença de preço da gasolina, porque o consumidor vai rodar mais quilômetros por litro.
Otimização
O índice de economia de combustível não é consenso entre os especialistas, e varia de 3% a 6%. O novo padrão da gasolina brasileira deixa os carros mais econômicos porque otimiza a queima do combustível. O IAD exigido para a gasolina brasileira era de 87 octanos. Agora, segundo as novas regras, a gasolina deve ter 92 octanos, de acordo com a metodologia RON. A partir de 2022, o RON exigido sobe mais um pouco, chegando a 93 octanos.