O novo decreto da prefeitura de Goiânia, editado neste sábado (13), mantém as atividades econômicas consideradas não essenciais fechadas por mais 14 dias. Contudo, o documento prevê que, depois de duas semanas, o comércio volte a funcionar.
Pelo decreto, haverá revezamento, com 14 dias de restrições e outros 14 de funcionamento, até que o surto de covid-19 seja controlado e caia a taxa de ocupação de leitos. A normativa passa a valer na próxima segunda-feira (15).
Entre as novidades está a proibição das aulas presenciais na rede particular, que antes estavam liberadas com 30% da capacidade.
A prefeitura atendeu pleito do setor de bares e restaurantes e permitiu o retorno do sistema drive-thru e da retirada in loco.
Os supermercados e congêneres só poderão vender itens dos gênero alimentício, incluindo bebidas, além de higiene, saúde e limpeza. Somente uma pessoa do núcleo familiar pode entrar no estabelecimento.
Os hotéis e pousadas podem abrir respeitando limite de 65% da capacidade de acomodação. As obras de construção civil do poder público, assim como de energia elétrica, saneamento básico e hospitalares também estão permitidas.
As igrejas voltam a funcionar apenas com atendimentos individuais, previamente agendados. Missas, cultos e celebrações estão proibidas.
“Não podemos cruzar os braços e admitir a morte de milhares de goianienses pela covid-19. Chegamos ao pior momento da pandemia no nosso país. Para salvar as vidas de quem amamos, precisamos fazer sacrifícios. Se já vivemos hoje um cenário de pesadelo, tenha certeza que ainda pode piorar. Isso só vai passar se adotarmos, agora, medidas duras para reduzirmos a circulação do vírus”, disse o prefeito Rogério Cruz em pronunciamento.
O prefeito também pediu colaboração de todos para que o sistema de saúde não colapse. “Pedimos o máximo respeito a essas regras. Ou fazemos isso ou aceitamos pessoas morrendo nas ruas sem direito, sequer, de lutar pela própria vida num leito de hospital”. “Nossa rede de saúde está saturada. Abrimos, em dois meses e meio, mais de 130 leitos de UTI, mas não é possível fazer isso infinitamente e também não adiantaria, pois mais de 50% das pessoas que estão indo para a UTI com covid-19 não voltem para casa”.
Cruz também disse que “abrir tudo agora seria expor toda a população da cidade a uma espécie de roleta-russa”.
Decreto anterior previa gatilho
O último decreto, que está atualmente em vigor, previa que somente seriam flexibilizadas as atividades econômicas quando a taxa de ocupação de leitos ficassem, por cinco dias, abaixo de 70%. Na manhã deste sábado (13), apenas uma UTI estava vaga na capital.
Uma reunião foi realizada na manhã deste sábado para discutir as normas. Participaram, além de Rogério Cruz, o governador Ronaldo Caiado e demais gestores da Grande Goiânia.