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Mundo
| Em 4 anos atrás

Nova York tem 1º dia sem mortes e vira vitrine do sucesso da vacinação

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As imagens de Nova York voltaram a estampar as notícias sobre a pandemia nos EUA. Agora, em vez de fotos de caminhões frigoríficos usados para armazenar corpos de vítimas da covid-19, as informações sobre a cidade são ilustradas por cenas de estádios e parques lotados. Nova York virou uma vitrine do sucesso da vacinação nos EUA ao comemorar queda de 95% no número de casos por covid-19 e 24 horas sem nenhuma morte causada pelo coronavírus. A marca não era vista desde meados de março de 2020, quando o vírus começou a se espalhar no país.

“É impressionante ver o progresso realizado”, celebrou publicamente o prefeito, Bill de Blasio. Os dados de Nova York estão em linha com o panorama nacional de redução dos doentes diante do aumento de vacinados. A média móvel de casos de covid-19 nos EUA cai vertiginosamente desde meados de abril, fruto da campanha de vacinação. Até agora, 63% dos adultos americanos receberam pelo menos uma dose das três vacinas disponíveis para aplicação. Em 12 dos 50 Estados, o número chega a 70%.

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Nesta semana, os EUA registraram em média de 14,3 mil casos diários de covid-19, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças. O número é o mais baixo desde 24 de março de 2020, dia em que a Organização Mundial da Saúde alertou que o país seria o novo epicentro do coronavírus. Na época, a curva de casos – e mortes – de covid-19 só crescia. Os EUA já registraram, em um único dia, 306 mil novas infecções.

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As mortes também despencaram no país. Em janeiro, a cada 100 mil habitantes, 7,5 morriam de covid na média móvel semanal. As vacinas começaram a ser aplicadas em meados de dezembro, mas restritas a profissionais de saúde em um primeiro momento. Mas desde a metade de abril qualquer pessoa que queira pode ser vacinada nos EUA. Como consequência, o número de mortes por 100 mil habitantes passou para 0,68. Com 331 milhões de habitantes, os EUA tiveram cerca de 400 mortes por dia na última semana.

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No pico da primeira onda, em abril de 2020, o número de óbitos diário chegou 2,7 mil. No início de janeiro, bateu 4,1 mil. Em abril, só a cidade de Nova York chegou a registrar mais de 1 mil mortos por dia. O município tem a maior densidade populacional dos EUA, um desafio para as políticas de distanciamento social, e virou o epicentro da pandemia no país. As ruas agitadas de Manhattan deram lugar ao silêncio e ao vazio.

Agora, restaurantes, bares, eventos esportivos, shows, teatros passaram a operar em capacidade máxima. Com mais de 57% dos adultos “totalmente vacinados” – que significa ter recebido as duas doses necessárias para imunização no caso das vacinas da Pfizer e da Moderna – a cidade continua a ver queda nos casos, mesmo com relaxamento de medidas de prevenção. “Nosso programa de vacinação bem-sucedido não está apenas salvando dezenas de milhares de vidas. Está também permitindo que dezenas de milhões de americanos voltem a viver suas vidas”, disse Jeff Zients, coordenador da resposta da Casa Branca à pandemia.

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O presidente dos EUA, Joe Biden, colocou o dia 4 de julho como meta para a volta à normalidade no país. O democrata quer que a celebração do Dia da Independência torne-se o marco da virada de página na pandemia. Para isso, a Casa Branca pretende vacinar 70% dos adultos com pelo menos uma dose de vacina.

O número ainda não coloca os EUA em patamar considerado confortável para falar em imunidade coletiva – o que exigiria ao menos 70% de imunizados na população total, que inclui as crianças e adolescentes. Mas, mesmo antes disso, a vida para os vacinados nos EUA tem mais semelhanças com a de antes do surgimento do coronavírus. Imunizados de todo o país foram liberados de usar máscaras nos lugares ao ar livre e também na maioria dos ambientes fechados. No último final de semana, no primeiro feriado após a ampliação da vacinação, os aeroportos tiveram o movimento mais alto desde março de 2020: 7 milhões viajaram de avião.

Sem mortos
Na Europa, Portugal e Reino Unido tiveram um dia nesta semana sem nenhum morto pela primeira vez em meses. Israel teve apenas uma morte por dia na última semana. Todos os países estão com a vacinação avançada e já estão voltando à normalidade. O Reino Unido não registrou nenhuma morte na terça-feira – a primeira vez desde 30 de julho de 2020.

Mas o país se preocupa com o aumento de infecções pela variante inicialmente detectada na Índia, pois os novos casos duplicaram na última semana. Na União Europeia, 33% das pessoas já receberam pelo menos uma dose da vacina; o dobro do continente sul-americano (15%), seis vezes mais que na Ásia (5%) e 20 vezes mais que na África (1,5%).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Agência Estado)

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Tags: Nova York