A nova proposta de regularização de ativos de brasileiros no exterior vai ter aumento da multa e dos impostos, afirmou no início da tarde desta terça-feira (8) o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O peemedebista apresentará, logo mais, um projeto de repatriação de recursos que estejam fora do país.
Ao contrário do que afirmou um de seus principais aliados Romero Jucá (PMDB-RR) semana passada e das pressões nos bastidores, Renan negou que parentes de políticos poderão participar da nova rodada do programa. A primeira etapa proibiu essa possibilidade e, especialmente entre deputados, essa alternativa era pensada.
“Vamos apenas elevar multa e elevar impostos. Esperamos que, com essa nova repatriação, em 2017 não tenhamos necessidade de elevar ainda mais a carga tributária”.
Jucá havia dito que, desde que comprovado que não existia vínculo entre o recurso do parente e o político, o bem poderia ser repatriado. O presidente do Senado afirmou, contudo, que não vê necessidade de alterar as regras.
“Não vejo necessidade de fundamentalmente se alterar a lei que já produziu grandes resultados e pode produzir novamente.”
O peemedebista contudo ainda não finalizou a redação da proposta, e se negou a dar do projeto que vai ler em plenário na tarde desta terça, após se reunir com o presidente Michel Temer e, em seguida, com os principais líderes do Senado.
Na primeira etapa do programa, o governo arrecadou R$ 46,8 bilhões. A expectativa é que, com a nova fase, a arrecadação seja de mais, pelo menos, R$ 20 bilhões.
Folhapress