A nova diretora-geral do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Dulce Xavier, afirmou, em entrevista ao Diário de Goiás, que a prioridade do Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) neste início de gestão é melhorar a percepção do paciente sobre os serviços prestados pela unidade de saúde.
De acordo com ela, a direção buscará de imediato realizar algumas ações para encurtar o tempo de atendimento e humanizá-los.
“A qualidade está vinculada à melhoria dos nossos fluxos de trabalho para facilitar o caminho do paciente no hospital. Temos um projeto com a secretaria para melhorar os sistemas de gestão hospitalar para ter maior agilidade na questão de exames e acompanhamento, além de projetos de humanização. Aí contamos com as equipes multiprofissionais e médicas para melhorar o acolhimento. É um mix de ações”, destacou.
Ela enumera a implementação de um sistema informativo unificado, além da abertura de vagas e menor tempo de atendimento como os fatores primordiais para melhoria da qualidade do Hugo neste primeiro momento.
“Vamos entender o funcionamento do hospital, rever alguns processos de trabalho e reorganizar as equipes para darmos vazão a algumas situações que num primeiro momento acreditamos que sejam possibilidades para melhorar qualidade e quantidade dos atendimentos”, afirmou.
As novas ações, no entanto, não devem ser percebidas tão rapidamente, conforme pondera a diretora. Ela garante que os fluxos de pacientes no hospital serão melhores em médio prazo, mas a implementação de um sistema único informatizado ainda está em negociação com a Secretaria de Saúde. “A mudança de percepção varia muito. A gente acredita que demora de dois a três meses para as pessoas perceberem a questão dos fluxos. Eu preciso não só desenhá-los, como treinar toda a equipe”, explicou.
Herança e meta de cirurgias
De acordo com Xavier, inicialmente a gestão da INTS não encontrou nenhum problema, seja na estrutura física ou nos equipamentos do hospital. Uma avaliação mais profunda, porém, foi iniciada nesta segunda-feira (2) para fornecer um diagnóstico completo.
“Estamos fazendo os diagnósticos para vermos o que precisa de manutenção imediata e também a avaliação da estrutura física. No final de semana, não houve nenhuma intercorrência. Acreditamos que não temos nenhuma situação de enorme criticidade, mas fazemos o diagnóstico até para saber as prioridades em questão de obras, caso tenhamos que fazê-las”, ponderou.
A diretora-geral reiterou que um dos principais pontos do contrato da OS administradora do Hugo com o Estado é que 793 cirugias eletivas deverão ser realizadas mensalmente. “Temos uma estrutura que permite um número maior de cirurgias. Acreditamos que temos total capacidade para realizar essas atendimentos”, disse.