Nesta semana dois fatos preocupantes ocorreram na área da Segurança Pública, em Goiás. No último domingo (28), detentos tocaram fogo em colchões dentro da Delegacia Estadual de Capturas. Na última terça, criminosos explodiram o presídio de Guapó. Questionado pelo Diário de Goiás, sobre os fatos, o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás, Rodrigo Balestreri, declarou que os problemas ocorreram por conta de uma falta de estrutura adequada. Ele defende que a polícia precisa exercer o seu papel e não ficar responsável pela custódia de presos.
“Isso está dentro de um quadro nacional, infelizmente típico, de falta de vagas no sistema prisional e de obrigatoriedade inadequada para cuidar de presos. Polícia Civil não é para cuidar de presos, Polícia Militar não é parar cuidar de presos. Precisamos dentro de um tempo razoável liberar nossas polícias para fazer seus trabalhos e não guarda de presos”, declarou Balestreri.
O secretário ainda destacou que o governo vem fazendo esforços para que seja feita a transferência de presos para espaços mais adequados.
“Nós estamos trabalhando muito para reduzir a superlotação nos presídios, acelerando o processo das construções dos prédios que nós temos, é claro que é sempre muita exigência legal, burocracia para se terminar uma construção. É um processo acumulado de muito tempo. Estamos resolvendo para que os presos sejam redistribuídos de acordo com a Lei de Execuções penais. Não é um caso que vai ser resolvido do dia para a noite, é preciso templo para se fazer novas construções e as vagas sejam disponibilizadas”, argumentou.