Eleito neste sábado (9) primeiro vice-presidente nacional do PSDB, o governador Marconi Perillo afirmou que deseja vencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “no voto, nas urnas”. “Nós vamos ganhar é do Lula, vamos ganhar do Lula como o presidente Fernando Henrique ganhou”, disse Marconi, sob fortes aplausos dos convencionais. FHC venceu Lula duas vezes, ambas no primeiro turno, em 1994 e em 1998.
“Eu não acredito na vitória do Lula porque o Brasil já sabe quem ele é. Eu espero que nós possamos enfrentar o Lula como candidato a presidente. Nós vamos ganhar é dele, como ganhou o presidente Fernando Henrique Cardoso”, disse Marconi. “Nós temos uma responsabilidade muito grande, que é tirar milhões de Brasileiros da pobreza. Não dá mais para aceitarmos que o Brasil continue nas últimas posições em qualidade de vida, de sáude, de educação, e em produtividade”, disse Marconi.
Marconi foi aclamado primeiro vice-presidente nacional do PSDB, durante convenção nacional do partido, em Brasília, que confirmou o governador Geraldo Alckmin como presidente do diretório nacional, numa chapa consensual. A convenção tucana foi realizada com uma novidade: o estatuto do partido foi modificado para permitir a criação de duas vice-presidências com status superior às demais. Nas regras anteriores, existiam seis vice-presidências e cada um dos escolhidos poderia assumir a presidência nacional da legenda.
Agora, existem duas na linha sucessória, com prevalência sobre as demais. Em caso de renúncia ou licença de Geraldo Alckmin, automaticamente assume o comando nacional do partido Marconi Perillo, que foi escolhido para a 1ª vice-presidência.
Na fala aos convencionais, Alckmin saudou Marconi como “esteio” do PSDB, cumprimentando-o pela disposição, juntamente com o senador Tasso Jereissati (CE) de abrir mão da candidatura à presidência da legenda, em nome da unidade interna.
O gesto de Marconi também foi elogiado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pelo ex-ministro Antônio Imbassahy (BA), pelo prefeito de São Paulo, João Doria, além dos cinco governadores do partido, dos quais quatro Marconi tinha o apoio declarado: Beto Richa (PR), Simão Jatene (PA), Reinaldo Azambuja (MS) e Pedro Taques (MT).
Ao saudar os convencionais, Marconi agradeceu os apoios que recebeu na campanha para presidente do partido e cumprimentou o senador Tasso Jereissati (CE) pelo elevado nível pelo qual se comportou na disputa interna. “Se eu já era seu admirador, passei a respeitá-lo ainda mais”, afirmou.
Marconi defendeu que o PSDB apresente uma agenda de projetos para o Brasil, apontando claramente os problemas e as soluções. “Hoje o Brasil tem 28 milhões de brasileiros que vivem com R$ 3 reais por dia”, disse o governador, citando números que apontam o País como uma das nações que estão deixando a desejar em termos de crescimento econômico e solução de demandas sócias: “Estamos de 88º lugar em educação, somos o 6º país mais violento do mundo, 3º em congestionamento de trânsito, 18º e desenvolvimento humano, 44º lugar em qualidade”, citou.
Marconi defendeu que o Brasil deixe para atrás esses número negativos para se transformar num “pais de qualidade de vida”. Na avaliação dele, o mais importante é o combate à pobreza e a inclusão social, apostando na educação, na ciência, tecnologia e inovação, fundamentais para agregar valor ao trabalho.
Ele também pregou uma agenda de reformas, a principal delas a da Previdência. “que sangra o país e quebra os estados”. Para Marconi, é preciso mudar o Brasil, fazer as reformas com coragem e sem demagogia, varrer o populismo. O governador goiano criticou o presidenciável Jair Bolsonaro, dizendo que ele não tem condições de apresentar uma agenda de mudanças para o Brasil, igualmente Lula, figura que o País já Sab quem é. “Vamos ganhar dele, como ganhou o presidente Fernando Henrique Cardoso”, previu, ao reforçar que o PSDB tem compromisso com o Brasil e isso se faz apresentando uma agenda moderna, que contemple as aspirações do povo brasileiro.