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Política
| Em 2 semanas atrás

No páreo pela presidência da AGM, prefeito de Hidrolândia fala em ciúme de oponentes e agiliza contatos

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O prefeito de Hidrolândia, Zé Délio, é o quarto entrevistado pelo Diário de Goiás na disputa pela presidência da Associação Goiana dos Municípios (AGM) que fala na possibilidade de compor a diretoria com os outros já no páreo, se for o eleito. Por outro lado, ele diz que está ocupado, buscando confirmar o apoio de 50% dos prefeitos para ser aclamado à frente da associação, inclusive do vizinho Leandro Vilela (MDB) de Aparecida de Goiânia. Também nega que tenha sido chamado para a reunião realizada esta semana em Goiânia.

Sobre a reunião, Zé Délio dá a seguinte explicação: “Ninguém me convidou. Existe um certo ciúme nisso.” No encontro em restaurante da capital estavam os prefeitos de Trindade, Marden Júnior, de Itauçu, Cleiton Melo, e de Anicuns, Paulinho do Barreirão. Assim como Zé Délio, todos são do União Brasil (UB) e se lançaram candidatos à presidência da AGM para os próximos quatro anos.

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A informação de que o prefeito de Hidrolândia tinha sido chamado e não pode comparecer foi passada por Melo ao DG. Porém, procurados novamente na quinta-feira (7) os prefeitos de Itauçu e de Anicuns esclareceram que tinham imaginado que isso tivesse ocorrido. Mas, na verdade, a reunião partiu de Marden Júnior.

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Segundo a assessoria do prefeito de Trindade, a reunião foi realizada a partir de encontros casuais que ele manteve com os outros dois, algumas semanas antes, combinando o encontro para depois do segundo turno em Goiânia. Como não teria ocorrido o mesmo tipo de contato casual com o prefeito de Hidrolândia, ele não foi chamado para esse primeiro encontro, foi a explicação fornecida na quinta.

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Pautas municipalistas

“Na verdade, os quatro nomes são muito bons, são pessoas do bem, não existe nenhuma divisão, nenhuma briga, somos todos do União Brasil”, afirmou Zé Délio. Segundo ele, sua candidatura surgiu de pautas municipalistas que ele afirma defender. “Nosso nome surgiu dos prefeitos, tanto é que nós temos mais de 50% do apoio dos prefeitos registradamente”, citou.

Ele acrescenta que é advogado militante, tem 35 anos e está no quarto mandato consecutivo, tendo sido reeleito sem concorrentes. “Os prefeitos de outras regiões me ligavam e falavam que já estavam com apoios para nós em outras regiões. Isso [a candidatura à AGM] foi surgindo com deputados federais, deputados estaduais, às vezes até secretários de Estado”, afiança.

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Apesar de reiterar essa “preferência”, ele garante que não há clima de campanha acirrada. “Não existe nada de briga, nada de disputa. Existem movimentos onde os prefeitos estão em procura de apoio. E já contabilizo 134 apoios declarados expressamente”, garantiu. Depois divulgou a foto com Vilela. 

Por outro lado, em seguida ele declara: “Mas não existe nenhuma impossibilidade de acordo, nenhuma impossibilidade de união, nenhuma impossibilidade de composição. Tanto é que não se tem chapa, não se tem nada montado. Existe um apoio de prefeitos ao nome do Zé Délio. Não morro por isso, não sou uma pessoa que sou vaidosa”. Mesmo assim, o candidato afirma que não crê em votação, mas sim em um referendo ou na aclamação de um dos quatro, apostando que será o nome dele o aclamado em virtude dos apoios que afirma já ter.

Papel do governador

Se eleito para comandar a AGM que representa 246 municípios, Zé Délio enfatiza que vai priorizar a questão dos repasses de ICMS e de FPM.

“Mas a realidade é que, em resumo, se houver eleição, nosso nome pode estar à disposição. Se houver consenso, nosso nome pode estar no consenso para ter outra pessoa. Eu não tenho vaidade pessoal para isso”, reforçou.

Perguntado sobre qual o papel do governador Ronaldo Caiado nesse processo, ele disse que “ele quer saber é quem tem mais apoio, quem tem mais amizade e depois com certeza vai chamar, deve conversar com essa turma. Não existe nenhum pré-acordo de nada”.

Prefeito de Hidrolândia também propõe AGM regionalizada

Assim como outros candidatos a presidente da AGM já entrevistados, Zé Délio enfatiza a proposta de descentralizar o atendimento da associação. A proposta dele é ter prefeitos responsáveis por regiões do Estado para ouvir as demandas municipalistas e para representar a associação em eventos públicos.

“Além disso, uma proximidade com órgãos da administração estadual e federal onde os prefeitos terão acesso aos ministérios por meio da entidade, acesso aos secretários de Estado por meio da entidade e mais cursos profissionalizantes e uma equipe técnica para atender demandas como essa da mudança do ICMS”, finalizou.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.