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Categorias: Brasil
| Em 6 anos atrás

No 1º sábado na Presidência, Bolsonaro elege imprensa e PT como alvos nas redes

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Em sua primeira folga após assumir a Presidência da República, Jair Bolsonaro disparou neste sábado (5) várias críticas contra a imprensa e o PT nas redes sociais, chegando a republicar em seu perfil mensagem em que Donald Trump acusava, em outubro, boa parte do jornalismo norte-americano de fabricar fake news.

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Na postagem compartilhada, o presidente dos Estados Unidos –de quem Bolsonaro diz ser um admirador– dizia que a mídia “fake news” era a verdadeira Inimiga do Povo (com iniciais maiúsculas) e estava causando uma grande raiva no país devido a relatos imprecisos e fraudulentos.

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Bolsonaro não teve compromissos oficiais neste sábado e ficou recolhido com a família na Granja do Torto, uma das residências oficias da Presidência em Brasília. 

Segundo disse a aliados, ele se afeiçoou ao Torto, que tem características mais bucólicas que as do Palácio da Alvorada, porque se sente a vontade com o clima de campo. E que ficou parte do dia chupando manga no quintal.

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O que não impediu que suas redes sociais ficassem abastecidas o dia todo.

Foram 12 mensagens publicadas em seu Twitter da manhã até o início da noite deste sábado –seis com críticas ou ironias relacionadas à imprensa, três com críticas ao PT e feministas e as outras três de exaltação dos seus ministros.

Na primeira postagem, por volta das 8h, replicou mensagem de um perfil identificado como “Mister Couto”, que se descreve como “americano, brasileiro nato, especialista em segurança pública, paraquedista, atirador de elite, veterano de guerra, formador de líderes e investidor”.

“Terroristas no Ceará tocando o terror por toda parte e não vejo um ‘global’ mostrando repúdio sobre a situação. Ao contrário, só vejo os mesmos fazendo militância sobre azul e rosa”, escreveu Couto, um claro apoiador de Bolsonaro, se referindo à declaração da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) que causou grande debate na internet nos últimos dias –a de que o Brasil entra em uma nova era em que menino veste azul e menina veste rosa. 

As mensagens de Mister Couto costumam ser compartilhadas por pouca gente. A citação feita pelo presidente, porém, levou essa postagem específica a ser replicada 5,1 mil vezes, com 26 mil curtidas.

Em outras postagens, Bolsonaro compartilhou perfis fake de órgãos de imprensa e de jornalistas, incluindo um denominado “Trolha de São Paulo”, conta criada em novembro de 2018 e seguida por Bolsonaro e por seu filho Carlos, vereador do Rio que coordena as redes sociais do pai e que faz contínuas críticas à mídia em suas redes sociais.

Bolsonaro tem replicado mensagens de perfis que buscam se assemelhar a órgãos de imprensa profissional e a jornalistas. Em uma das mensagens do dia, compartilhou uma do perfil “Reginaldo Azedo”, que traz foto do jornalista Reinaldo Azevedo, colunista da Folha.

A Folha de S.Paulo relatou em reportagem publicada nesta sexta (4) que 27% das manifestações publicadas por Bolsonaro desde que foi eleito até o início deste ano são de críticas à imprensa ou à esquerda e ao PT, partido que derrotou nas urnas.

Outros 22% foram compartilhamentos de sites e perfis aliados, que contêm ataques a órgãos de comunicação e a opositores.

Neste sábado, Bolsonaro também criticou o seu principal adversário da campanha eleitoral, Fernando Haddad (PT). Ele respondeu a críticas do petista feitas na internet e o chamou de “marmita” e de “fantoche de presidiário”, em referência ao ex-presidente Lula.

“Haddad, o fantoche do presidiário corrupto, escreve que está na moda um anti-intelectualismo no Brasil. A verdade é que o marmita, como todo petista, fica inventando motivos para a derrota vergonhosa que sofreram nas eleições, mesmo com campanha mais de 30 milhões mais cara”, publicou Bolsonaro.

Na noite de sexta-feira, o candidato derrotado do PT à Presidência havia postado em seu perfil um artigo de um jornalista alemão que vive no Brasil tratando de anti-intelectualismo.

Haddad respondeu a Bolsonaro também na rede social. “Na verdade, quem disse isso [a respeito do anti-intelectualismo] foi um jornalista da Deutsche Welle, mas se você já se sentir seguro para um debate frente a frente, estou disponível. Forte abraço!” (Folhapress) 

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