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Categorias: CidadesDestaque
| Em 3 anos atrás

Níveis do João Leite e previsão de chuvas devem impedir racionamento mas presidente da Saneago pede economia

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Com a vazão do Rio Meia Ponte caindo, o sinal de alerta à ameaça de racionamento de água e consequente energia preocupa goianos, mas de acordo com o presidente da Saneago, Ricardo José Soavinski o abastecimento tem sido regular e com previsão de novas chuvas para os próximos dias, não haverá necessidade de medidas críticas para contenção da crise.

A avaliação foi feita em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, conduzida pelo editor-geral do Diário de Goiás, Altair Tavares. “Claro que deixa todo mundo preocupado, mas o que eu poderia dizer é que está todo o abastecimento regular. Se continuar nessa linha, a previsão é que mais duas semanas deve começar a ter novas chuvas leves mas já vai dando uma regularizada”, destaca. 

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Enquanto a chuva não cai, Ricardo pede que os goianienses mantenham os cuidados e a economia. “É hora de todo o mundo fazer sua parte, sem desperdício”, destaca ressaltando que o Governo e a estatal fizeram um planejamento para que a crise não se acentue. “São obras que foram feitas, ações de melhorias operacionais e o conjunto de ações na bacia também de recuperação e proteção de nascentes e todo um trabalho de gestão feito principalmente pela Semad. De gestão do uso da água pra outros usos que não sejam abastecimentos das cidades. Tudo isso junto trouxe uma situação mais confortável e segura. Claro que segurança total é quase impossível, haja vista o que está acontecendo em todo o país”, explica.

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Região Metropolitana de Goiânia não depende exclusivamente do Meia Ponte

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Apesar do nível crítico, o presidente explica que desde 2018 a região metropolitana de Goiânia não depende exclusivamente do Rio Meia Ponte para abastecimento. “O Meia Ponte não tem uma barragem. É água de superfície, ou seja, o rio vai baixando até o ponto que pode comprometer e fica sem água. Após esse período [2018] começou a funcionar e produzir a água vindo do reservatório do João Leite que é um grande reservatório. Tem água acumulada quando está no nível máximo”, explica. Esse acúmulo dá uma “garantia” e “proteção” durante o período de estiagem.

“Então hoje, temos uma terceira produção que produz até 4 mil litros de água tratada sendo distribuída, mais o do João Leite e o do Meia Ponte. Com a interligação dos sistemas a dependência que tinha do Meia Ponte de pelo menos 2 mil litros por segundo para abastecer em torno de 60% da cidade, hoje estamos captando só 1000 / 1100 litros, em torno disso. O que dependia do Meia Ponte é só 40% da cidade. O restante vem da água reservada no João Leite que hoje ainda está com 83, 84% de sua capacidade. Isso é muito bom”, explica. Com previsão de chuvas, a tendência é que tudo volta ao normal dentro das próximas semanas.

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Presidente do Conselho do Meia Ponte avalia que é grande o risco de racionamento

Para o presidente do Conselho do Meia Ponte, Fábio Camargo, o risco de racionamento de água e energia em Goiânia é real, caso em setembro não haja novos períodos chuvosos. “Esperamos que todos juntos consigamos economizar um pouco de água para não entrar no racionamento que pode acontecer nos próximos dias”, disse em entrevista concedida ontem (30/08) ao Diário de Goiás.

A fala de Camargo acontece após uma reunião na Secretaria do Meio-Ambiente com representantes da secretaria, Saneago e representantes de entidades como a Federação da Indústria e Comércio (Fieg) e Federação da Agricultura e Agropecuária de Goiás (Faeg) onde se discutiu a situação do estado. “Vamos entrar num nível crítico importante e precisamos que todos entendam isso e comecem a economizar água”, destacou.

“A chance de racionamento é muito grande porque nós entramos e já baixamos 1000 litros por segundo dentro de dez dias, se abaixarmos mais 1000 litros, iremos racionar. O futuro é crítico. Esperamos que todos juntos consigamos economizar um pouco de água para não entrar no racionamento que pode acontecer nos próximos dias”, alerta. Fábio pontua que o momento hoje é parecido com o vivido dois anos atrás. 

A ‘sorte’ para que não houvesse já em 2019 um racionamento é que houveram pancadas salvadoras de chuvas. “Se não der uma chuva igual a 2019 como tínhamos o planejamento de acontecer um racionamento, só que choveu em meados de setembro. Se não acontecer essa chuva na mesma época, o racionamento sim, pode acontecer, por isso precisamos economizar a partir de agora”, destaca. “Todos os setores: tanto o setor produtivo quanto a população geral.”

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.