Em entrevista coletiva em São Paulo, o presidente e co-fundador da Netflix, Reed Hastings, afirmou não temer limites regulatórios para o uso de banda larga no Brasil e não ver problema, por enquanto, com a adoção de impostos sobre o serviço de vídeo.
“Anos atrás, muitos países começaram a adotar limites [de consumo de banda larga], como o Canadá, e o que aconteceu é que os consumidores mostraram sua frustração e conseguiram aumentá-los ou derrubá-los”, disse Hastings.
“Sempre existe tensão, porque as empresas de telefonia e de cabo [TV e internet], é claro, estão pensando em maneiras de conseguir mais receita. Mas em todos os países os consumidores foram bem-sucedidos ao se unirem, portanto, eu espero que isso aconteça aqui também.”
Quanto à recente aprovação de ISS (Imposto Sobre Serviços), a ser cobrado a partir de 2018, e à possível adoção também de imposto federal, afirmou que, “enquanto todos forem taxados da mesma maneira, nós e os concorrentes, nós apenas cumprimos”.
A Netflix, segundo a agência Bloomberg, tem 4,5 milhões de assinantes no Brasil, perto de 10% do total no mundo e só abaixo dos Estados Unidos e do Reino Unido. Hastings anunciou na coletiva a segunda série brasileira do serviço, “Samantha!”.
Folhapress