Um gol de Nenê aos 49 minutos do segundo tempo, de pênalti, salvou o Vasco de uma derrota em casa para o Vitória nesta quinta-feira (9), no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O jogo terminou empatado por 1 a 1, com o time baiano jogando com um a menos durante todo o segundo tempo após Euller ser expulso no fim da primeira etapa.
O gol do Vitória foi marcado por Patric, também de pênalti, após um vacilo incrível do estreante Manga Escobar. O colombiano do Vasco abraçou a bola em sua própria área acreditando ter sofrido uma falta que não existiu.
O jogo de volta acontece na próxima quarta-feira (15), no Barradão. O empate sem gols classifica o Vitória à quarta fase.
A PARTIDA
Tanto Vasco como Vitória encontraram enormes dificuldades para criar lances de perigo. O time baiano jogou mais fechado e anulou bem as tentativas ofensivas dos donos da casa. Os momentos mais quentes do primeiro tempo foram dois bate-bocas, aos 20 e aos 26 minutos, entre os jogadores dos dois times. O Vitória chegou só duas vezes: primeiro Paulinho chutou forte para fora, depois Gabriel Xavier adiantou demais uma bola e perdeu grande chance.
Já nos acréscimos do primeiro tempo, o árbitro Elmo Resende Cunha viu falta de Euller em cima de Kelvin, aplicou o segundo cartão amarelo e expulsou o lateral esquerdo do Vitória. Os jogadores rubro-negros se revoltaram com a marcação e acusaram simulação de Kelvin. O próprio Euller disse à FOX Sports ao deixar ao gramado: “É nítido que o Kelvin se joga, ele é malandro, ele se jogou nas duas bolas em que eu tomei cartão. A gente fica indignado porque o árbitro está perto e não vê que ele se joga”.
A estreia do colombiano Manga Escobar com a camisa do Vasco não saiu bem como o esperado. Ele entrou no segundo tempo no lugar de Escudero e, praticamente em seu primeiro lance, caiu em disputa na área cruzmaltina e abraçou a bola, acreditando ter sofrido falta. Como o árbitro não marcou infração nenhuma em cima dele, não teve dúvidas: pênalti. Patric bateu bem, com força, e fez o gol do Vitória, que não poderia esperar por presente melhor com um jogador a menos.
Em um jogo com muitos choques, bolas longas e pouco futebol, o camisa 10 vascaíno foi um dos poucos a tentar algo diferente. Sempre que pegava a bola no terço final do campo, Nenê tentava levar perigo. Ele criou a melhor chance cruzmaltina no primeiro tempo ao driblar Willian Farias pela direita e cruzar na medida para Thalles, mas a cabeçada do atacante saiu fraca. Depois do lance, Nenê cobrou o colega: “Faz o gol!”. Foi ele também quem sofreu e converteu o pênalti nos últimos minutos para salvar o Vasco da derrota.
Os torcedores vascaínos ficaram furiosos após o gol do Vitória e começaram a xingar nas arquibancadas. Mas o alvo não foi Manga, que cometeu a penalidade, e sim o técnico Cristóvão Borges. Com um a mais, o Vasco pressionou e acertou o travessão em cabeçada de Gilberto. Quando ele tirou Kelvin para colocar Muriqui, o coro de “burro” foi ouvido. E nos minutos finais, sobrou para o presidente Eurico Miranda, também hostilizado com gritos.
VASCO
Martín Silva; Gilberto, Rafael Marques (Jomar), Rodrigo e Henrique; Douglas e Jean; Kelvin (Muriqui), Nenê e Escudero (Manga Escobar); Thalles. Técnico: Cristóvão Borges
VITÓRIA
Fernando Miguel; Patric, Kanu, Alan Costa e Euller; José Welison e Willian Farias; Paulinho (Geferson), Cleiton Xavier (David) e Gabriel Xavier (Bruno Ramires); Kieza. Técnico: Argel Fucks
Estádio: Estádio São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Elmo Resende Cunha (GO)
Gols: Patric, aos 23, e Nenê, aos 49 minutos do 2º tempo
Cartões amarelos: Gilberto (Vasco); Willian Farias, Euller, Paulinho, David e Kanu (Vitória)
Cartão vermelho: Euller (Vitória)