Publicidade
Categorias: Cidades
| Em 9 anos atrás

“Nem estamos trabalhando isso como denúncia ainda”, diz vice-reitor sobre estupro

Compartilhar

O vice-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Manoel Rodrigues Chaves, afirmou que a instituição não está tratando a denúncia de estupro, feita nesta terça-feira (14) por um estudante por meio da rede social Twitter, como uma denúncia de fato. A declaração foi dada nesta quarta-feira (15), após a reitoria da UFG ser ocupada por estudantes.

“Nós nem estamos trabalhando isso como denúncia ainda, porque é o que está na rede social. A gente não tem informação nenhuma de concreto. Só a Polícia, com a investigação, pode ter. a gente sabe que um estudante presenciou uma cena que possivelmente pode ser uma cena de pós-estupro, mas a gente ainda não tem nenhuma informação concreta”, afirmou o vice-reitor.

Publicidade

Questionado sobre a segurança no câmpus, Manoel Chaves disse que uma das empresas que faz a ronda noturna na instituição não estava trabalhando devido à falta de renovação do contrato de prestação de serviço. No entanto, a ronda desta empresa, que o vice-reitor não informou o nome, deverá ser retomada nesta quinta-feira (16).

Publicidade

“Uma das empresas que fazem a ronda noturna de segurança armada, realmente nós tivemos um lapso de tempo de contrato, mas já está regularizado. De hoje para amanhã já começa a funcionar essa ronda. Nesse caso especificamente não foi a falta da ronda. É claro que ela pode dar uma sensação de segurança, essa ronda armada, sobretudo para o aluno, mas essa questão já foi solucionada, foi só um impasse de contrato vencido que já foi reformulado e já está voltando à normalidade”, disse.

Publicidade

Manoel Chaves ainda comentou que será feito um amplo debate em todas as unidades da UFG para que sejam efetivados os novos termos da Política de Segurança da instituição. “A gente desenvolve há um tempo um debate sobre a Política de Segurança do câmpus. Esse debate é nacional em termos da Política de Segurança dentro das universidades e um Comissão desenvolve esse estabelecimento. Essa é uma Política mais alongada”.

Em relação às questões de curto prazo, o vice-reitor afirmou que a Universidade atende às solicitações. “A gente tem tentado solucionar as questões mais pontuais, essas levantadas, de iluminação, de segurança, que evidentemente a gente pode resolver”.

Publicidade

Segundo Manoel Chaves, é preciso também considerar a localização do câmpus, que está dentro de Goiânia, em uma região onde os índices de criminalidade são altos. “É bom assinalar que a Universidade está situada em um ambiente urbano, de índices altos de violência, e na região norte de Goiânia. Nós não estamos em uma ilha isolada do processo de violência. Possivelmente casos podem ocorrer”, finalizou.

Entenda o caso

Um suposto estupro na Universidade Federal de Goiás (UFG) foi denunciado pela internet na noite desta terça-feira (14). O fato causou mobilização e revolta nas redes sociais e a hashtag #UFGSePosicione ficou nos Trending Topics do Twitter em Goiânia e no Brasil.

O estudante de Relações Pública, Daniel Bezerra, de 21 anos, denunciou em seu perfil do Twitter, um suposto estupro na noite de ontem, no Câmpus Samambaia, em Goiânia. De acordo com o estudante, a jovem supostamente estuprada teria sido deixado por um homem no estacionamento próximo à Faculdade de Informação e Comunicação (FIC).

Ocupação da reitoria

Estudantes ocuparam a sede da reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, nesta quarta-feira (15). Os alunos cobram uma atitude imediata e efetiva do reitor da instituição, Orlando Afonso Valle do Amaral, frente aos casos de machismo, assédio sexual e a denúncia de estupro feita na noite desta terça-feira (14) pelas redes sociais.

Leia mais:

Publicidade