Negócio imobiliário no Brasil deu um salto de 90% no primeiro trimestre de 2021

A venda e aluguel de imóveis usados no Brasil tiveram aumento de 90% nos primeiros três meses de 2021, segundo o Painel do Mercado Imobiliário (PMI), produzido pela plataforma Kenlo.

Este ano foram 15.499 negócios, primeiro trimestre. Já no mesmo período de 2020 foram apenas 8.160. Mesmo num período ainda de pandemia da covid-19, há algumas explicações para este aumento expressivo, por exemplo, adoção do home office, a disponibilidade de crédito e a migração para o interior são alguns dos fatores que justificam a alta no setor, contudo os especialistas dizem que há outros pontos a serem levados em consideração.

O sócio diretor da URBS Imobiliária, José Humberto Carvalho, explica que comprar uma casa ou apartamento usado também costuma significar preços mais atrativos, além de praticidade e agilidade para mudança, tendo em vista que a maioria dos imóveis possui armários e o mínimo necessário para ser habitado. Por outro lado, apesar das vantagens, ele adverte que os riscos também existem e dá algumas dicas para não errar na hora de escolher um imóvel usado.

A explicação é que o comprador precisa deixar a pressa de lado e analisa bem se está fazendo um bom negócio, se o imóvel em questão realmente atende às necessidades. Ainda de acordo com José Humberto, não só no que diz respeito ao tamanho, quantidade de cômodos ou número de vagas de garagem, mas também em relação a espaços destinados ao lazer, localização e facilidade de deslocamento e até características da vizinhança.

“É preciso se atentar ao que o mercado oferece, adequando suas expectativas com a realidade”, diz Humberto.

E nada melhor do que visitar o imóvel pessoalmente para avaliar, de perto, se ele realmente atende ou não às suas expectativas e necessidades. Além, claro, de poder averiguar o estado de conservação da casa ou apartamento. José Humberto destaca que, entre as vantagens de se comprar um imóvel usado, está justamente o fato de o comprador poder visitar o imóvel pronto no momento da compra e visualizar o mesmo no estado real, diferente do que ocorre com o imóvel na planta.

“Além disso, se o imóvel apresenta algum vício, normalmente já foi identificado e solucionado pelo primeiro proprietário”, completa.

José Humberto recomenda ainda que o comprador verifique se a documentação do imóvel está regular, de fato, para evitar dores de cabeça futuras. O procedimento burocrático é uma das partes mais difíceis de um negócio de compra e venda, logo faz-se necessário uma metódica análise nesta questão.

“Os riscos da compra do imóvel usado estão diretamente ligados à documentação, que tem que estar regular para que seja transferido ao comprador com segurança”, alerta.

José Humberto destaca que nem sempre é possível as pessoas conseguirem detalhar tantas coisas para fazer um negócio, às vezes por falta de tempo ou experiência, por isso ele lembra que é importante o serviço de uma imobiliária.

“A compra de um imóvel envolve muito mais do que apenas visitas ao imóvel. A imobiliária oferece informações confiáveis e assessoria jurídica em todo o processo de compra e venda”, destaca o sócio diretor da URBS, que é considerada a maior do Estado, com operações em lançamentos, revenda e locação.