O Governo de Goiás acompanha as negociações entre as empresas privadas que detém a concessão da operação do transporte coletivo junto aos motoristas, mas “não entra diretamente” no debate que é conduzido pelo Consórcio Redemob e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana (SET). A informação é do Secretário-Geral da Governadoria Adriano da Rocha Lima em entrevista a CBN Goiânia.
Lima que também preside a Câmara Deliberativa dos Transportes Coletivos (CDTC) explica que não é do interesse do Governo de Goiás que haja a paralisação. “Obviamente, o Governo acompanha e observa de forma que não aconteça nehuma paralisação mas não há nenhuma ação direta do Poder Público”, destacou em entrevista concedida no último sábado (08).
Adriano explica que como a maioria das empresas são privadas, o assunto cabe ao SET em conjunto com o Redemob Consórcio. “Essa negociação, o Estado não entra diretamente porque não envolve o Poder Público. Pelo contrário, a maior parte das empresas são privadas. Existe o Consórcio Redemob, onde tem o Sindicato das Empresas de Transporte. Esse consórcio e o SET conduzem as negociações”, destacou.
A insatisfação dos motoristas do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia foi publicada com exclusividade pelo Diário de Goiás na última quarta-feira (05/04). O presidente do presidente do Sindicato do Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana, Sérgio Reis revelou que as negociações se arrastam desde outubro do ano passado, sem avanço.
Na mesa de negociações, estão 15% no reajuste salarial e 20% no ticket. De acordo com Sérgio Reis, a assembleia para deliberar a paralisação só não foi convocada porque o Governo de Goiás se intermediou a ajudar nas negociações. O Sindicato também cobrou melhorias ao Poder Público, inclusive, novo concurso para contratação de motoristas na Metrobus.