O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) avaliou como natural a disputa por espaços entre os partidos da base aliada. Integrantes das principais legendas do grupo que dá sustentação política ao chefe do Executivo, esperam fazer parte da chapa para o governo ou para o senado. Marconi Perillo explicou que não pretende entrar neste jogo de disputa.
Perillo destacou que aquele que não se sentir prestigiado tem a tendência natural de procurar outros espaços. Ele afirmou que alguns partidos que hoje estão na base não integravam o grupo político nas eleições de 2014.
Um desses partidos é o PSB da senadora Lúcia Vânia, que busca espaço na chapa majoritária. O PSB no primeiro turno das eleições de 2014 tinha como candidato ao governo, Vanderlan Cardoso. No segundo turno, vários integrantes do Partido Socialista Brasileiro apoiaram Marconi. A senadora Lúcia Vânia a época estava no PSDB e depois se filiou ao PSB.
Marconi Perillo ainda disse que várias lideranças estão ansiosas para que para que o quadro seja definido o quanto antes.
“Eu não vou entrar neste jogo, o jogo não é por acomodação no governo, é por acomodação nas chapas majoritárias de 2018. É natural que aquele que alguém que não se sentir bem, que não for contemplado na chapa do governo, terá que preocupar outros espaços. Isso é matemático: é 2+2, não tem como a gente ficar preocupado com isso, eu vejo a ansiedade de muitos que querem definir como vai ficar o quadro. O problema é que se tivéssemos 10 vagas estaria tudo resolvido, mas são apenas 2 vagas para senadores, uma para vice e uma para governador”, destacou.
O governador destacou que de agora em diante, os debates sobre espaços na chapa majoritária tendem a se intensificar. Ele avalia que o grande problema é que a base aliada tem um número significativo de pré-candidatos para o governo, vice e senado, mas que o número de vagas a serem preenchidas é pequeno.
“Isso é natural. Faz parte. Nós estamos a um ano e meio da eleição, as coisas começam a esquentar a partir de agora. Tem partidos que se dizem da base, mas não eram da base em 2014. Hoje são da base e é natural que queiram os espaços. O que está em jogo para colocar os pingos nos “is” é o seguinte: existem quatro vagas na chapa majoritária, governador, vice, duas vagas de senador e além dos suplentes. A questão toda não é por espaço do governo, a questão é por espaço na chapa majoritária no ano que vem. É isso que vai definir o jogo, quem é que vai estar com quem. Nós temos só na nossa base hoje, um dez pré-candidatos para o senado, só tem duas vagas, então é natural que esta busca por acomodação ocorra e isso é democrático, eu respeito as pessoas que estão representando os partidos na base, são pessoas da minha relação pessoal, são meus amigos, alguns de décadas”, declarou.
Leia mais sobre o assunto
O maior adversário de Eliton hoje: “projeto paralelo” para 2018 na base do governo