Com importantes obras que dependem de recursos federais a serem tocadas em Goiânia, como o BRT Norte-Sul e a nova pavimentação do Eixo Anhanguera, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) deve manter diálogo em Brasília com o Ministério do Desenvolvimento Regional. Apesar de estar num partido que pertencia a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Cruz não deve ter dificuldades em se relacionar com o presidente Lula (PT).
Quem afirma é Denes Pereira, titular da Secretaria de Infraestrutura e Administração – as duas pastas caminham de maneira independente, mas o político comanda ambas. “O prefeito Rogério Cruz é um homem de bastante diálogo. Com a capacidade de diálogo que o prefeito tem, eu não vejo dificuldade para que essa nova gestão de Brasília que entende a importância e complexibilidade e necessidade da obra ser terminada de uma vez por todos”, destaca em entrevista ao Diário de Goiás.
Pereira diz que uma das demandas que o prefeito já empenhou foi justamente o trânsito em Brasília para aporte de recursos. O BRT Norte-Sul que teve pontapé inicial em 2015 na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) é uma das que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) têm maior interesse em adiantar. A obra recebeu mais de R$ 200 milhões do Governo Federal e deveria durar 20 meses.
Pereira diz que o desejo de Rogério Cruz em ver o BRT caminhar é tanta que em caso de dificuldades junto ao governo federal, o republicano estaria disposto a utilizar recursos do Paço. “Porém, o prefeito já deixou bem claro para irmos para Brasília e o Governo Federal nos atenda na íntegra as solicitações. Se por ventura, tiver qualquer dificuldade, a administração municipal pode aportar recursos próprios para que o BRT de uma vez por todas possa acabar”, pontuou.
De acordo com Denes Pereira, o trecho 1 do BRT Norte Sul deverá ser licitado até o fim deste mês. “Estamos também preparando alguns ajustes com a Caixa Econômica e a gente acredita que possamos licitar o trecho 1 e lançar a licitação já em janeiro. O processo licitatório é aberto e tem todo o prazo e trâmite. A determinação é para que seja aberto em janeiro”, pontua.
O trecho compreende o trajeto entre os terminais Isidória, no Setor Pedro Ludovico, e Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia e é um dos mais críticos haja vista que apenas 2,21% da obra foi realizada e os trabalhos estão paralisados desde novembro de 2021, devido a desistência da empresa que fazia o serviço.
Orçada em R$ 78.665.411,15, a nova licitação deveria ocorrer no começo do ano passado, mas foi adiada várias vezes. Agora, a gestão Rogério Cruz espera empenho para que o projeto saia do papel. “O prefeito é um crítico contumaz de que essa obra precisa ser entregue para a população goianiense”, destaca Pereira.
Já o Trecho 2, que abrange o Terminal Isidória ao Terminal Rodoviário, está 96% concluído. “A determinação é que possamos nos entregar o mais rápido possível. O cronograma da empresa que faz as obras é que em junho toda a parte do segundo trecho do BRT pronta”, pontua.