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Política
| Em 3 horas atrás

“Não tinha autoridade”, diz Alcides ao defender Vilmar Mariano de má gestão em Aparecida

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Nesta quinta-feira (17), a segunda rodada de sabatinas com candidatos aos cargos de prefeito, realizada em parceria entre Diário de Goiás e Rádio Bandeirantes, recebeu o candidato a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, Professor Alcides (PL). Na ocasião, Alcides defendeu o atual prefeito do município Vilmar Mariano alegando que o gestor “não tinha autoridade” sobre escolha de secretariado e empresas que prestam serviços de infraestrutura.

Vale lembrar que Vilmar Mariano foi tirado da candidatura, foi substituído por Leandro Vilela (MDB) e passou a apoiar Alcides. Dentro da sua perspectiva, Alcides justifica que o ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha é quem faz as indicações para a atual gestão. “O pessoal do lixo é a indicação do Gustavo, o pessoal da iluminação pública é a indicação do Gustavo. E hoje, nós estamos com um problema mais grave do que naquela época, onde está saindo uma empresa e entrando outra”, disse Alcides.

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Então, fazem um trabalho dessa forma e terminam deixando o Vilmar engessado. Hoje a cidade continua suja, infelizmente, a iluminação pública não existe, embora a gente saiba que todos nós que residimos na cidade de Aparecida pagamos uma taxa de iluminação pública que vem embutida no talão de energia.

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Na entrevista Alcides também se comprometeu afirmando que dará continuidade ao trabalho asfáltico que ainda está em curso por Vilmar Mariano. “Hoje Aparecida tem 78% da cidade onde há habitantes asfaltados. Nós queremos zerar esse asfalto, ou seja, todas as ruas deverão ser asfaltadas. O ‘Vilmarzinho’ está fazendo hoje bastante asfalto no Buriti Serena, na Rosa dos Ventos, no Delfiore e em outras regiões. E ele não vai concluir devido ao problema chuvoso”, disse o político.

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As obras que ele não fizer, nós vamos fazer. A que ele deixar começada e não concluída, nós vamos concluir e vamos fazer um programa de asfaltamento nos próximos quatro anos para concluir o asfalto em toda a cidade Aparecida.

Confira a entrevista na íntegra:

Larissa Dourado: É a primeira oportunidade do senhor, portanto, aqui nessa sabatina. Foi uma mudança de estratégia que o senhor adotou aí para o segundo turno?

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Professor Alcides: Na realidade, a estratégia foi traçada pelo próprio marketing, né? Não nos deixou participar dessa sabatina, nem das entrevistas e também nem dos debates, né?

Fred Silveira: O que eles alegaram, professor?

Professor Alcides: O que eles me alegaram é que eu não devia ir ao debate, eu queria estar presente para rebater todas as críticas e todas as fake news feitas pelos meus adversários, né? Infelizmente, eles acharam prudente não fazer e nós o obedecemos. Só que nesse segundo turno eu disse para eles, aliás, disse, não, eu dispersei a equipe que tinha lá e contratamos uma outra porque eu queria fazer a campanha do meu jeito.

Fred Silveira: O senhor tem certeza que foi prejudicado, então, por essa decisão, como o senhor diz, do seu marketing?

Professor Alcides: Com certeza absoluta, certeza absoluta que eu fui prejudicado e muito.

Larissa Dourado: E o senhor não contestou eles ali naquele momento, não? O senhor acatou de imediato a sugestão deles? Não foi nem uma sugestão, no caso, foi uma ordem.

Professor Alcides: Na realidade, contestei, mas o grupo, o núcleo da campanha, foi prudente que eles estavam certos.

Altair Tavares: Agora, dentro desse contexto, Professor Alcides, na prática o senhor não treinou a resposta, como o senhor mesmo disse, né? O senhor podia ter respondido várias questões. E aí eu traço a seguinte questão, dos diversos fatos trazidos nessa campanha, anteriormente, o senhor não se preparou para enfrentar esses questionamentos? Porque uma campanha é sempre uma situação muito exposta, né, de certa forma? Levando em consideração sua vida pessoal também, sua vida empresarial?

Professor Alcides: Na realidade, sim, né, Altair? Mas eu sempre estive preparado, porque eu, entre o primeiro e o segundo turno, não fiz preparação nenhuma. Estou aqui acompanhando, atendendo a todas as entrevistas de rádio e TV, para falarmos aquilo que é verdade, né? Eu realmente não trago mentiras aqui nas minhas informações, diferente do meu adversário que, cada dia, ele implanta uma fake news. Hoje mesmo, ele implantou que nós compramos cadáver lá na universidade, como são realmente ridículos, né?

Altair Tavares: Nesse caso, o que o senhor teria a explicar? Houve um inquérito. Esse inquérito de 2015, virou processo ou não?

Professor Alcides: Ele virou processo e foi arquivado, né, por falta de provas. Não existe provas, não houve, não houve essa compra de cadáver, né? E nós já temos um convênio com o IML, né, desde 2017, né, foi feito esse convênio, para que o IML forneça para nós os cadáveres. Isso é legal, né, e todas as faculdades de medicina, que têm medicina, trabalham dessa forma.

Altair Tavares: Talvez um indivíduo que chegou lá com essas partes de cadáver fosse alguém mal intencionado ou alguma coisa assim, ou quisesse aproveitar de alguma coisa?

Professor Alcides: Não, na realidade, essa denúncia foi feita por um diretor do curso de farmácia, que foi dispensado em 2017, né, e ele foi lá e disse que ele comprou e tal, mas ele disse que comprou e não provou, e também não chegou essas peças que ele disse ser comprado lá na Unifam. Hoje, a maioria das peças que nós temos são anatômicas, peças importadas, e que faz a diferença, né, é como se fosse um próprio cadáver.

Fred Silveira: Professor, ontem nós recebemos aqui o candidato Leandro Vilela, que bateu um papo conosco, e um dos questionamentos do candidato com relação ao senhor foi com relação a um dinheiro que o senhor disse que enviou para o Hospital de Aparecida de Goiânia, quando o senhor ainda nem era da política. Como é que o senhor explica isso?

Professor Alcides: Primeiro, ele está totalmente equivocado, né, esse dinheiro chegou lá em 2019, e em 2018, se não me engano, no dia da eleição, eu fui eleito deputado federal, eu recebi recursos, o meu partido doou para cada deputado eleito 10 milhões de reais, e nós temos documentos de tudo isso, e no dia 29 de dezembro, foi repassada a prefeitura de Aparecida 2 milhões para o Custeio. Entretanto, ele deve estar se referindo à verba do Agamap, a verba do Agamap, parte dela foi colocada pelo Hilder e a outra parte por mim. Só que o Hilder não ganhou as eleições, consequentemente, ele não era mais senador.

Altair Tavares: Sua parte era quanto, professor?

Professor Alcides: A minha parte foi pouco mais de 12 milhões, nós completamos 36 milhões, 23 milhões de pouco era do Wilder.

Altair Tavares: Era uma verba de bancada? 

Professor Alcides: A do Wilder foi de bancada, a minha foi adquirida, foi doação do presidente Bolsonaro. E também a verba do Wilder só saiu por minha causa, porque veja bem, hoje eu sou deputado federal, o ano que vem, sendo eleito prefeito de Aparecida, eu deixarei de ser deputado, se não tiver um outro deputado para liberar, as verbas não saem. Esse é o esquema de Brasília, é assim que Brasília funciona. Você é deputado hoje, se amanhã você não for, então a presidência, o ministério da Fazenda, não tem interesse em liberar seus recursos se alguém não pegar e liberar. Eu fiz isso liberando recursos do próprio Wilder, do próprio Pedro Chaves, de muitos outros, de Jovair Arantes, de muitos outros deputados que eu passei a ser o representante da cidade deles, e aí eu fui em busca e resolvi essa situação. Então foi destinado ao Hospital HMAP, no dia 9 de abril, 36 milhões. Nós temos documentos, isso aí tudo que eu estou falando é fake news.

Altair Tavares: Só para detalhar um pouco mais, o candidato disse que na inauguração do HMAP ele estava todo equipado, em 2017, e que o senhor não teria destinado essas verbas para equipamento do HMAP, foi isso que ele afirmou.

Professor Alcides: Ele é um baita mentiroso, o HMAP foi inaugurado dia 19 de dezembro de 2018, com o presidente Temer na época, a presença do ex-prefeito Maguito na época, também o atual prefeito da época, Gustavo Mendanha, ele foi inaugurado dia 19 de dezembro de 2018. Veja o tanto que ele é mentiroso, ele não sabe nem a data que o hospital foi inaugurado. O hospital não funcionava, ficou fechado, até receber os recursos em 2019, em abril, o Gustavo Mendanha fez a licitação para comprar os equipamentos. E aí, mais ou menos meados de 2019 é que ele começou a funcionar plenamente.

Larissa Dourado: Candidato, a gente tem uma pergunta do nosso ouvinte João Melo, solta pra gente por favor, Andrézinho: Minha pergunta para o Professor Alcides é a seguinte, se ele tem planos para melhorar as ciclovias e as academias ao ar livre, porque ambos estão abandonadas?

Professor Alcides: Sim, nós temos, as nossas ciclovias serão recuperadas e vamos fazer uma boa parte da ciclovia ali também, no Anel Viário, que nós temos um espaço muito grande, e as academias a ser aberta, infelizmente, 90% estão detonadas, nós vamos recuperar todas, porque lá é um incentivo a fazer a prática de educação física.

Fred Silveira: Professor, o que o senhor tem de projeto para o asfalto em Aparecida de Goiânia? A gente sabe que esse é um monte de campanha antiga de muitos candidatos, de conseguir de fato asfaltar boa parte de Aparecida ou toda ela, que é uma cidade muito grande. Mas hoje nós temos muitos bairros, como Buriti Serena e outras regiões, principalmente perto do Buriti Serena, que o asfalto ainda não chegou e é uma demanda que a população reclama há muito tempo.

Professor Alcides: Olha, hoje Aparecida tem 78% da cidade onde há habitantes asfaltados. Nós queremos zerar esse asfalto, ou seja, todas as ruas deverão ser asfaltadas. O Rio Mazin está fazendo hoje bastante asfalto no Buriti Serena, na Rosa dos Ventos, no Delfiore e em outras regiões. E ele não vai concluir devido ao problema chuvoso. Nós já temos chuva bastante aqui na cidade e nesse período é muito difícil você concluir a obra asfáltica. As obras que ele não fizer, nós vamos fazer. A que ele deixar começada e não concluída, nós vamos concluir e vamos fazer um programa de asfaltamento nos próximos quatro anos para concluir o asfalto em toda a cidade Aparecida.

Altair Tavares: Bom, candidato Professor Alcides, só tem aí a aliança com Bolsonaro. Bolsonaro esteve mais de uma vez em alguns eventos, e eu opinei uma vez, inclusive, que não deu atenção devido à sua campanha lá na pré-campanha. Em um dos eventos, inclusive, apareceu rapidamente e foi embora lá no começo da campanha, no seu aniversário, e atrasou muito para chegar ao local. O senhor tem um percentual nas pesquisas hoje, vem com esse percentual desde o primeiro turno, com algumas variações, e eu pergunto, o que é que Bolsonaro somou na sua campanha, sendo que, na prática, o senhor tem aí essa posição, digamos assim, razoavelmente estabilizada, nesse sentido, não considerando números brutos, mas posição. Eu questiono, o que é que Bolsonaro agregou à sua campanha e o que é que Bolsonaro ajudou a Aparecida enquanto esteve no governo?

Professor Alcides: Olha, enquanto esteve no governo, ele ajudou muito. Veja bem, os R$ 36 milhões do HMAP foi uma intervenção dele, foi ele que liberou, porque o mandei disse que não tinha condição de liberar aquele tanto de dinheiro de uma só vez, que eu falei com ele e ele liberou. A Chácara São Pedro, nós tínhamos uma dívida de mais de R$ 30 milhões, ele liberou a dívida, liberou o recurso para pagar a dívida, liberou a conclusão da obra Chácara São Pedro.

Altair Tavares: Não era emenda?

Professor Alcides: Não, não era emenda, isso aí não foi emenda, isso foi liberação direta. Existe uma dívida, e eu sentei com o pessoal da empresa, a empresa me apresentou a conta, inclusive queria receber corrigido, eu até brinquei com ele, eu falei, cara, quando a gente deve para o governo, o governo corrige, mas quando o governo deve para a gente, a gente não consegue corrigir. Se você quiser receber o valor que está lá explícito, nós vamos solicitar a liberação, e assim foi feito, liberamos o recurso, depois liberamos mais R$ 33,970 milhões para concluir a obra do Chácara São Pedro, e hoje está liberada, e a Chácara São Pedro tem lá com 900 moradores morando no seu apartamento, na sua casinha, isso dá um pouco de dignidade para as pessoas. A mesma coisa aconteceu com a Agenor Modesto, o Agenor Modesto são 208 unidades habitacionais que estavam também lá abandonadas, esquecidas, e nós liberamos, eles estavam no começo ainda, nos alicerces, já tinha oito meses que estavam lá para receber a parte do alicerce, que era sob medida, eles vão fazendo a medida e o governo vai pagando. Aí nós liberamos a primeira parte, fiz um acordo com a empreiteira, e assim que fosse feito mais uma parte, ele protocolasse na caixa e nos avisasse que em oito ou dez dias a gente liberava, e assim foi feito. Nós liberamos então para as duas entidades mais de R$ 80 milhões para concluir os 1.108 apartamentos.

Larissa Dourado: Qual o papel de Bolsonaro na sua campanha?

Professor Alcides: O apoio de Bolsonaro foi muito importante. É claro que não é tão importante como em Goiânia, porque as cidades têm uma população diferenciada. Hoje, lá em Aparecida, nós temos cinco assentamentos que precisam ser regularizados. E, logicamente, esse pessoal de assentamento não acompanha o Bolsonaro. A gente tem muita dificuldade de conseguir votos nessa parte da cidade, devido ao número 22. Mas ele foi de extrema importância, entre a visita dele no segundo turno e agora essa terceira visita dele, ele nos alavancou cinco pontos. Nós estávamos um pouco abaixo e ele pegou. E, depois da visita dele, nós fizemos imediatamente uma pesquisa e subimos cinco pontos. Diferente de Goiânia, que não tem assentamentos e, logicamente, a população é bem mais conservadora do que a população de Aparecida.

Larissa Dourado: O senhor tem ainda uma outra dificuldade, que é a de conquistar votos femininos. Diante de denúncias envolvidas com o nome do senhor, o senhor tem uma grande resistência entre as mulheres. É possível reverter isso, tendo em vista que elas são a maioria do eleitorado?

Professor Alcides: Sim, foi nesse meio em que eu perdi a eleição, no primeiro turno. Nós perdemos 22%, faltando quatro dias para as eleições, nós perdemos 22% do público feminino que me acompanhava, devido às falsas afirmações do meu adversário. Meu adversário começou a dizer que eu não gosto de mulheres, que não respeito mulheres e que não é verdade. Aquele fato que aconteceu na escola foi um fato isolado. Na minha vida de 54 anos de professor, foi a única vez que aconteceu de eu ter que destratar uma senhora, porque ela foi altamente provocante, me chutou, me cuspiu, pegou no meu óculos, jogou no chão. Tudo isso ela fez, ninguém fala absolutamente nada, só fala do nome que eu me referi a ela. Eu quero aproveitar que já pedi desculpa para todas as mulheres nesse mesmo dia e volto aqui hoje a todas aquelas mulheres que estão nos ouvindo a pedir desculpa, mais uma vez, por esse episódio. É um episódio isolado que aconteceu. Outro episódio que falam é lá do Congresso, onde eu chamei as deputadas de loucas. Elas estavam chamando o Bolsonaro de genocida e de pedófilo, e nesse dia eu chamei elas de loucas. É uma atitude normal dentro do Congresso, eu não vejo nenhum tipo de ofensa chamar alguém de louco. Isso todos nós tratamos uns aos outros, ah, você é louco, você é isso, você é aquilo. São coisas absolutamente normais. O que não é verdade é a normalidade com que eu xinguei aquele nome para aquela senhora. Mas eu já pedi desculpa e ele realmente esconde atrás dos problemas que ele faz, né? Quer dizer, deixou de pagar a senhora que cuidava da sua santa mãezinha, quando faleceu tiveram que entrar na Justiça para receber. Agora mesmo, no comitê dele, houve um escândalo, um estupro. Ele disse que é mentira, mas a senhora que me procurou com o boletim de ocorrência na mão, com tudo na mão, como é que é mentira? É mentira. Ela foi dar o depoimento, foi ela que pediu para ir lá dar o depoimento, não fui eu que procurei ela. Então, são assuntos totalmente diferentes. Então, quem realmente não respeita, quem não gosta é ele. A mulher dele separou dele porque ele ficou três anos morando com a loira, casal ambíguo, morando com a loira e com a esposa. Ele estava em Brasília e estava com a loira, ele vinha para jantar e ficava com a esposa. Isso aí é que é realmente desrespeitar as mulheres e não simplesmente por aquela palavra de quatro letras que eu disse para aquela senhora naquele fatídico dia.

Altair Tavares: Agora, candidato Alcides, dentro da sua perspectiva da eleição, só teve um momento crítico, penso eu, que foi o momento em que o Vilmar Mariano foi tirado da candidatura e foi substituído e ele passou a apoiá-lo. Eu acompanhei vários dos seus discursos em vários eventos, em algumas entrevistas também. Estava em algum desses discursos, um deles naquele restaurante, na comemoração do fim de ano lá na Vila São Tomás. E aí o senhor disse que a cidade estava encardida, a cidade estava suja. Então, na prática, eu questiono o seguinte, quando o Vilmar passou a apoiá-lo, o senhor teria perdido o discurso de oposição. Isso não foi mais um prejuízo para a sua campanha, para o seu discurso, esse apoio do Vilmar, do que um ponto positivo?

Professor Alcides: Sim, foi. Mas, veja bem, o pessoal do lixo é a indicação do Gustavo Mendanha, o pessoal da iluminação pública é a indicação do Gustavo. E a atual, hoje, nós estamos com um problema mais grave do que naquela época hoje, que está saindo uma empresa e entrando outra. Foi substituída agora o dia 15. E é uma outra empresa que foi indicada também pelo Gustavo. Por quê? Porque a licitação foi feita pelo doutor Arthur, acompanhado do André, que realmente são braços direito. O doutor Arthur é o presidente da União Brasil, que na época era o presidente da licitação. Então, eles fazem um trabalho dessa forma e terminam deixando o Vilmar engessado. Hoje a cidade continua suja, infelizmente, a iluminação pública que não existe, embora a gente saiba que todos nós que residimos na cidade Aparecida pagamos uma taxa de iluminação pública que vem embutido na própria, o talão de energia, e eles não estão utilizando essa taxa para fazer os civis que deveriam fazer. 

Altair Tavares: Mas é o gestor que está apoiando a sua gestão, o gestor está fazendo crítica a ele, então?

Professor Alcides: Não, não é isso. Você não entendeu. Quem fez tudo, quem colocou essas empresas lá, foram eles.

Altair Tavares: Mas o prefeito é o Vilmar.

Professor Alcides: Sim, o prefeito é o Vilmar, mas o Vilmar, o secretariado da maioria era do Gustavo.

Altair Tavares: E ele não tem autoridade?

Professor Alcides: Não tinha autoridade sobre eles.

Altair Tavares: Mas hoje tem.

Professor Alcides: Nem tanto. Só para você ter uma ideia, dos segundos escalões e terceiros escalões, 95 são ligados a Gustavo Mendanha. Só para você ter essa ideia.

Fred Silveira: O senhor fala abertamente que o seu opositor, ele se escora muito na imagem de Maguito Vilela. O senhor chega a dizer que Maguito já está morto e enterrado, e ele diz que só ofende a história de Aparecida de Goiânia, já que Aparecida de Goiânia tem ali uma dívida de gratidão com Maguito Vilela.

Professor Alcides: Nós sabemos isso, que realmente ele fica o tempo inteiro escondido atrás do falecido, né, e também do governador e do Gustavo. Se ele fosse candidato, sem usar o nome do governador, do Gustavo e usando o nome do tio, que, infelizmente, ele já levou… E nós temos a gratidão, a população de Aparecida sabe disso. O Maguito foi um excelente gestor, ele foi um gestor de excelência para a nossa cidade Aparecida. E, quando eu falo que ele está morto, todos nós sabemos que está, não estou ofendendo a memória dele. Como é que você vai dizer que o cidadão está morto, vai dizer que ele está vivo? Claro que não tem sentido, né? Ele está morto, infelizmente. Mas ele realmente foi um excelente gestor e eu nunca o acusei de nada, porque sei que ele foi um gestor de excelência para Aparecida. Se ele fosse o candidato, se o Maguito estivesse vivo e fosse o candidato, com certeza eu não estaria enfrentando ele.

Altair Tavares: As campanhas são feitas com aliados, né? O senhor tem o Bolsonaro como aliado, né? Ademir Lima, o Ademir Menezes, né? Ninguém faz campanha sozinho, é com aliados mesmo, não?

Professor Alcides: Sim, com aliados vivos, né? Com aliados mortos, não.

Fred Silveira: O Marco Aurélio está perguntando sobre o seu projeto pro esporte. A gente vai ouvir então o Marco Aurélio, que é o nosso ouvinte. A minha pergunta para o candidato é qual o projeto dele para o futebol profissional de Aparecida? Já que a Aparecidense foi rebaixado para a quarta divisão esse ano, nós perdemos um novo brasileiro. Queria saber se o candidato tem algum projeto nesse sentido.

Professor Alcides:  Olha só, nós temos um respeito muito grande pela Aparecidense, já ajudamos, já fomos patrocinador três anos consecutivos da Aparecidense. Esse ano a gente não patrocinou porque o presidente anterior faleceu, e ninguém nos procurou para renovar o patrocínio. Mas nós temos um apreço pela Aparecidense, é o time que representa e representa bem a nossa cidade. Vamos continuar ajudando a Aparecidense, não só a Aparecidense, como os demais clubes. Nós temos lá o Aparecida, temos o Cerrado, que também são times profissionais da segunda e terceira divisão. Vamos estar juntos patrocinando, como também as várzeas, que são muito importantes para o desenvolvimento esportivo da cidade. Além, é claro, de estar criando campos novos de esporte para a nossa juventude, os nossos jovens. Nós temos hoje dez campos sintéticos na cidade, e tem mais dez que o Recursos já está na cidade, mas o prefeito preferiu não fazer ainda. E nós vamos fazer esses outros dez campos de sintético e procurar trazer mais espaço esportivo para tirarmos as nossas crianças da rua e levarmos para o mundo esportivo, que de lá eles fogem das drogas e de outros malefícios que temos na sociedade.

Fred Silveira: Candidato, dois minutos para você falar sobre as suas propostas de vagas de escola, CMEIS e também saúde, que é um problema recorrente em Aparecida.

Larissa Dourado: Ontem, inclusive, o oponente do senhor disse aqui que esse problema das vagas em CMEIS não foi resolvido na atual gestão por falta de interesse. Preferiu se investir em outras questões. Por exemplo, no totem da segurança pública, fizeram a conta aqui do quanto aquilo custa mensal. E aí, se aquilo tivesse sido usado, por exemplo, priorizado na educação, teria resolvido pelo menos parte do problema.

Professor Alcides: Eu vou lhe contar a verdadeira história. Mais uma fake news dele. Quando Gustavo foi eleito, tinha 17 CMEIS empenhados pelo então prefeito Maguito Vilela. Dezessete. Dezessete. E o Gustavo não quis fazer o CMEIS. Eu deixei tudo empenhadinho, tudo arrumadinho lá para ele fazer o CMEIS no FNDE. Ele não quis. E eu tenho também o ofício dele devolvendo recursos de 17 CMEIS para o FNDE. Eu tenho o ofício. O ministro da Educação, na época, até me chamou a atenção. Ele falou, deputado, você está aqui pedindo mais CMEIS e o prefeito devolvendo 17?Como é que você explica isso? Aí eu peguei o ofício, levei lá, no Gustavo, falei, Gustavo, você não pode fazer isso. Nós estamos precisando. Ele falou, não, mas eu não tenho como. Eu falei, eu vou recuperar o recurso. Fiz um ofício tornando sem efeito. O ofício do prefeito entreguei para o ministro. Ele mandou reavaliar, porque como já era uma coisa antiga, teria que ser reavaliado em termos de recurso financeiro. Os 17 viraram 11.E, mesmo assim, ele não fez nenhum. Eu mandei mais seis. Esse recurso, do tempo do Maguito, já perdeu. Não tem jeito de recuperar ele mais. Dos meus seis, o Vilmar está fazendo cinco e o outro está em licitação, deverá ser começado agora em novembro. Os cinco que ele já licitou, já começaram as obras. Nós temos um no Jardim dos Ipês, nós temos um no Garavelo, um no Alto Paraíso, um na Chácara São Pedro e o outro róximo do Tiradentes. Ali perto do Tiradentes. E o sexto está sendo conduzido para se fazer lá no Valmor. Então, esses são seis que eu trouxe. Os 17 que não fui eu que trouxe, do tempo do Maguito, é que ele perdeu. Então, a falha é do Gustavo e não do Vilmar. Por que não foi feito no tempo? Porque o licitante, o secretário licitante é o Arthur, presidente da União Brasil, que não quis fazer a licitação.

Fred Silveira: O senhor pretende, então, aumentar essas vagas de CMEI, caso seja eleito?

Professor Alcides: Sendo eleito, eu pretendo fazer 20 CMEIs em 2025. Mas é uma loucura. Não, não é loucura.Nós fazemos o CMEI que realmente precisa e a gente pode usar. Eu já tenho hoje, garantido pelos meus colegas deputados, dez CMEIs.

Altair Tavares: O problema do CMEI não é a construção, é o custeio. É a manutenção dele e a contratação de pessoal. A margem aparecida de contratação de pessoal, se for de pagamento ou comprometimento, já está no limite.

Professor Alcides: Se estiver no limite, você faz um OS para resolver o problema. O importante é que nós resolvamos o problema. Nós temos 9.300 crianças fora das salas de aula. Como é que você vai deixar? Além de ser um problema educacional, é um problema social. Porque nós temos lá muitas mães solteiras, muitas mães que não têm companheiro que precisa do CMEI para deixar o seu filho para ir trabalhar.E elas não conseguem fazer isso porque não tem CMEI disponível.

Fred Silveira: Professor, dois minutos o senhor tem para as suas considerações finais.

Professor Alcides: Bom, eu quero aqui agradecer o convite e dizer especialmente para as mulheres que nós estamos provando que realmente não respeita as mulheres. Eu não quero que vocês me julguem por apenas uma palavra de quatro letras. Observe bem quem é o nosso adversário.Verifique o que ele fez para depois você descarregar o voto em alguém que você queira realmente. Se você quiser o bem de Aparecida, procure fazer a coisa certa. Eu morei em Aparecida há 56 anos.Sempre respeitei a tudo e a todos. Hoje, 81,7% dos meus funcionários são do sexo feminino. Tenho professora que trabalha comigo há mais de 50 anos, como a professora Zilda, que nós vamos jogar no ar o depoimento de todas elas.E tenho um conceito positivo na cabeça de todas aquelas mulheres que me conhecem e sabem muito bem. Não me julguem apenas por um episódio isolado que aconteceu no dia 8 de outubro de 2021.



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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019