O escolhido do PSDB para pleitear o cargo de prefeito de Goiânia, Matheus Ribeiro, pretende apostar em uma campanha eleitoral voltada para o contato direto com a população. Em entrevista ao Diário de Goiás, o jornalista declarou que não pretende investir em estratégias de uso de marketing político: “Já tomei uma decisão, não quero marqueteiro na minha campanha”, enfatizou.
Em um bate-papo com os repórteres Altair Tavares e Vassil Oliveira, o pré-candidato elencou suas ideias para a corrida eleitoral municipal e como pretende aplicá-las. “Eu falo a partir das minhas ideias. Quero falar de uma forma mais direta, mais objetiva, mais sincera, a partir dos meus ideais e a partir das informações que nós estamos levantando. Uma coisa eu considero fundamental, dados e estatísticas”, ressaltou Matheus.
Ribeiro deixou claro que o trabalho dos profissionais de estratégia política são importantes, mas sua aposta será “materializar em ações” seus ideais para Goiânia. “Mais que um marqueteiro, eu quero um bom instituto de pesquisa nos auxiliando a entender Goiânia, a entender o eleitor goianiense, a entender o cidadão que precisa de uma cidade mais justa, mais limpa”, destacou.
Questionado sobre sua ligação com o ex-governador Marconi Perillo e de sua posição em relação a pré-candidatura pelo partido, Matheus Ribeiro se limitou a dizer que se trata de um “apoiador importante” e relembrou a trajetória do líder do PSDB como um bom exemplo político.
É o presidente nacional do meu partido, ex-governador de Goiás, foi o governador mais jovem da nossa história, eleito aos 35 anos. Em muita coisa ele me inspira, mas eu tenho a minha biografia, tenho a minha independência, eu dou os meus próprios passos. Eu não sou apadrinhado de ninguém, mas quero muito tê-lo como um cabo eleitoral, afinal de contas, voto o Marconi tem e entrega para a cidade de Goiânia também.
Matheus Ribeiro sobre Marconi Perillo
Em relação a polarização política entre partidos de esquerda e direita e, naturalmente, sobre as preferências eleitorias da população acerca dos candidatos apoiados por Lula e Bolsonaro, Matheus se mostrou otimista. “A situação, a equação é simples de ser resolvida, basta o eleitor goianiense decidir se a prefeitura de Goiânia vai ser da esquerda, vai ser da direita ou se Goiânia vai para frente, ou se Goiânia vai entrar no rumo certo”, declarou.
Eu acho que, evidentemente, o apoio do presidente da República, de um ex-presidente, do governador do Estado são apoios fundamentais, mas felizmente, nós temos a oportunidade de marcar presença em veículos de comunicação, nas redes sociais, debater a cidade em outras instâncias, de modo que esses apoios possam referenciar e, muitas vezes, dizer quais serão os grupos que estarão no poder.
Matheus Ribeiro
Aos 30 anos de idade, Matheus Ribeiro é realista em relação a sua recente inserção na política, mas pontua que seu foco está voltado para as necessidades da população, e não à construção de alianças partidárias. “Eu não sou cacique político, eu não sou filho de político, eu não sou apadrinhado de político, eu sou um cidadão, um jornalista que ama política desde os cinco anos de idade quando ia nos comícios em Piracanjuba e que resolveu perder a vergonha de falar que quer ser prefeito de Goiânia, o mais jovem da nossa história, para fazer realmente uma gestão que possa colocar a prefeitura não a serviço do governo, não a serviço do Lula, não a serviço do Bolsonaro, não a serviço de grupos ideológicos, mas a serviço das pessoas”, destacou o pré-candidato.
Por fim, ressaltou que espera ter uma campanha o mais transparente e próxima do eleitor possível. “Sem vergonha de gastar sola de sapato, sem vergonha de ser de verdade, de ser de carne e osso. A minha estratégia é essa, eu não estou disposto a encarnar um personagem”, disse Matheus Ribeiro.