Na manhã seguinte a uma declaração de apoio de Rodrigo Maia, do DEM, à candidatura de João Doria (PSDB) à Presidência, o governador Geraldo Alckmin buscou manter os elogios à legenda do presidente da Câmara.
“Não muda em nada a minha admiração pelo DEM”, disse Alckmin nesta sexta (22), quando questionado sobre a fala de Maia.
O deputado jantou na casa do prefeito de São Paulo na quinta (21) à noite. Antes, disse a jornalistas que “com certeza” sua legenda apoiaria Doria ao Planalto.
Perguntado se o DEM também apoiaria uma candidatura de Alckmin, Maia titubeou, mas também disse que sim: “Se não tivermos candidato, apoiaríamos com o mesmo carinho”.
Para Alckmin, essas conversas, como a de Doria e Maia, são “naturais”. E disse que o DEM, um “partido coerente, de propostas” é um importante aliado tucano desde o governo FHC.
Questionado se gostaria de ter o DEM em sua coligação para o ano que vem, Alckmin respondeu: “Vamos aguardar. A gente não sabe se [o partido] vai ter candidato ou não”.
O governador paulista participou da convenção do Solidariedade, para a eleição da executiva nacional do partido.
O deputado federal Paulinho da Força, presidente nacional da legenda, já declarou seu lado: anunciou Alckmin como “amigo” e “candidato à presidência” em 2018.
Aos filiados do partido aliado, Alckmin elogiou a luta trabalhista: “Não foi a consciência das elites que trouxe os avanços, mas a luta e a garra do trabalhador”.
Mais entusiasmado do que lhe é usual, terminando o discurso com dedo em riste, o governador prometeu “fortalecer três campos”: “Emprego e renda, emprego e renda, emprego e renda”. Terminou aplaudido.
Rodrigo Maia e João Doria também são esperados na convenção do Solidariedade. (Folhapress)