Prefeito respondeu questionamento do DG (Foto: Samuel Straioto)
O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), defendeu a atuação da secretária de Saúde, Fátima Mrué. A gestora tem sido bastante criticada por vereadores da capital, principalmente os que integram Comissão Especial de Inquérito (CEI) que analisa irregularidades na saúde pública municipal. Ao Diário de Goiás, o prefeito disse que há uma resistência inicial por parte dos vereadores por conta das ações que a secretária vem tomando.
Iris disse que a fiscalização é uma obrigação do Poder Legislativo, mas que até o momento a CEI não conseguiu identificar nenhum ato de corrupção que tenha sido praticado pela secretária Fátima Mrué.
“De forma que eu disse que não me preocupo com a essa questão de Comissão de Inquérito. Você nota que falaram tanto da secretária, mas ninguém foi capaz de dizer que ela tenha tido um ato que pudesse ser chamado de corrupção. Tudo para moralizar e vai moralizar. Eu assumi a prefeitura não foi para preencher quatro anos, foi para consertar a administração municipal e vamos fazer”, afirmou.
O prefeito classificou que há uma “anarquia” em alguns pontos do Sistema Público, por exemplo, a questão do cadastro de usuários do Cartão SUS. Iris disse que são 4,2 milhões de cadastrados, enquanto a população de Goiânia é de aproximadamente 1,5 milhão de habitantes.
“A medida que a fiscalização se estender eles vão notar que a realidade é uma e daqui a pouco tempo será outra. Aí sim a população de Goiânia no Sistema Único de Saúde vai ser atendida com dignidade. A anarquia chegou a um ponto hoje que são 4,2 milhões credenciados no Sistema Único de Saúde de Goiânia, enquanto nossa população é de 1,5 milhões. Quanta gente que tinha “chequinho” na mão autorizando internações, exames, essa coisa toda. Essa reação inicial se deve porque mexeu em interesses que eu considero até escusos, e o povo será beneficiado com essas atitudes”, declarou.
O prefeito espera que os vereadores compreendam o trabalho realizado pela secretária Fátima Mrué. Iris entende que algumas medidas tomadas pela gestora de Saúde são duras, mas necessárias.
“Olha eu disse isso a um grupo de vereadores, eu acho que é muito interessante que o Poder Legislativo fiscalize tudo. O Poder Legislativo foi instituído e uma de suas obrigações e responsabilidades é a fiscalização da administração dos recursos públicos. Agora estou achando interessante essa CPI porque na verdade a situação da Saúde Pública em Goiânia na área do Sistema Único de Saúde é muito grave, muito preocupante, é muito séria. Ao final os vereadores vão tomar conhecimento porque fui buscar essa mulher para ser a secretária e tomar as atitudes que ela vem tomando”, finalizou.
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