O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou a jornalistas na tarde desta sexta-feira (19) que defende o direito à manifestação e que ameaças não o preocupam.
A declaração foi dada em meio a uma fala sobre o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ocorrerá no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), na próxima quarta-feira (24).
“Não me preocupa a ameaça, desde que não se transforme em ação física ilegal”, disse, acrescentando que, neste caso, as forças de segurança estão prontas para intervir.
O ministro afirmou que repudia a existência de um discurso “muito agressivo”, que promete atuações ilegais. “Uma coisa é o grito de discurso retórico. Outra coisa é a ação.”
A Folha de S.Paulo noticiou na semana passada que o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores, disse que os juízes federais que vão julgar Lula estão recebendo ameaças.
À imprensa, Torquato Jardim afirmou que o Ministério da Justiça não recebeu informações concretas sobre essas ameaças, mas que elas também serão tratadas no encontro que terá com Flores na tarde desta sexta.
O ministro disse que o julgamento de Lula será um “fato histórico”, mas minimizou sua importância ao afirmar que o país já viveu processos tão importantes quanto o do ex-presidente. “Não houve a repercussão de hoje porque não tinha internet naquela época.”
A coletiva de imprensa aconteceu no Palácio Piratini, no centro de Porto Alegre. O ministro veio à cidade para participar de uma cerimônia de transferência de 25 mil hectares do município de Charqueadas para a União. No local será construído um presídio federal. (Folhapress)